Colheita do feijão avança e produtividade está variável no PR

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No Paraná, a colheita do feijão segunda safra segue em andamento, com produtividade variável devido às estiagens que ocorreram ao longo do ciclo da cultura. Foram observadas perdas causadas pelo ataque da mosca branca e, isso, tem levado os produtores a reforçarem os controles fitossanitários. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), já foi constatado que certas áreas estão completamente perdidas.

Nesta sexta feira (16/05), o dia pode começar com neblina no Paraná, mas que logo se dissipa e dá lugar ao sol entre poucas nuvens. Esquenta no período da tarde, principalmente na região noroeste, onde as temperaturas podem chegar na casa dos 29°C, enquanto no leste e sul a máxima fica por volta dos 22°C. Essa diferença ocorre pelo fato da parte oeste receber ventos vindos do interior do país, enquanto as demais áreas recebem vento de influência marítima. Não há previsão de chuva. 

Há expectativa de que, entre a terça-feira (20) e quarta-feira (21), uma frente fria de fraca intensidade chegue ao estado, rompendo o bloqueio atmosférico, porém será um sistema rápido e apenas levará chuva ao Paraná. 

Feijão
Foto: Getty Images – Produtor vistoriando lavoura de feijão no campo

Em Mato Grosso boa parte das lavouras de feijão segunda safra comum em cores se encontram na fase de enchimento de grãos, e a umidade adequada no solo tem proporcionado o desenvolvimento pleno das plantas. Não houve ocorrências anormais de pragas e doenças, somente registros pontuais, mas dentro do controlável. Uma parcela menor das lavouras está na fase de maturação, com possibilidade de início de colheita nas próximas semanas.

Em Mato Grosso do Sul, o plantio está em andamento. A previsão inicial é de leve redução na área total em comparação ao exercício anterior, principalmente por questões de mercado, que reduziram a rentabilidade da cultura frente ao cultivo de outros grãos nesse período. A irregularidade das precipitações, concentradas nas regiões sul e leste do estado, suspendeu a semeadura da leguminosa, principalmente em Bonito, município tradicional por cultivar a cultura na segunda safra. Por outro lado, as chuvas na região norte foram fundamentais para o início de florescimento da cultura.

Devido ao alto índice pluviométrico nessa região, há preocupação com o aspecto fitossanitário, com os produtores realizando monitoramento das lavouras e manejo preventivo, especialmente contra doenças fúngicas e larva minadora. O feijão cultivado na região centro-sul está apresentando excelente desenvolvimento, não houve surto de pragas e aproxima-se da fase de florescimento. As lavouras já receberam a primeira aplicação preventiva de fungicida.

Na Bahia, o plantio ainda está em andamento, com previsão de aumento na área em comparação ao ano anterior. As oscilações pluviométricas não são consideradas um empecilho, já que a cultura é manejada sob irrigação. Contudo, as preocupações ficam por conta das temperaturas, que já nesse início de outono apresentou redução, algo que é benéfico à cultura, e também, com as infestações por mosca-branca, que, até o momento, não há registro de danos significativos.

Para o feijão, a expectativa da Conab é que ao final das três safras da leguminosa sejam colhidas 3,2 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento interno.