O milho e o feijão são as culturas mais afetadas pela falta de água e de chuva no Rio Grande do Sul nestes dois últimos meses. Entre 40% e 50% das lavouras estão passando pelas fases de floração e enchimento de grãos em condições críticas de umidade no solo, que é indispensável para boa produtividade. Isso seguramente trará sérios reflexos na produção total deste ano, uma vez que os danos em termos de diminuição do potencial produtivo podem ser considerados irreversíveis em 50% da área projetada.
Todavia, quantificar o quanto diminuiu, seja em quilos ou percentualmente em relação a uma expectativa inicial, é no momento, além de difícil, prematuro. Difícil porque a seca tende a continuar, tornando as perdas ao longo do processo cumulativas e prematuro porque as primeiras informações chegadas ao sistema de monitoramento das condições das cultura,
com referências mais concretas sobre diminuição dos rendimentos, são referentes à segunda quinzena deste mês de dezembro, que serão contabilizadas só nos primeiros dias de janeiro.
Os 34% das lavouras que se encontram em desenvolvimento vegetativo também apresentam problemas na sua evolução, como murchamento das folhas e crescimento deficiente. As cotações da saca de 60 kg praticadas pelo mercado comprador do cereal se mantiveram praticamente estáveis ao produtor.
Já em Santa Catarina, as culturas mais afetadas pela estiagem são milho, soja, uva, citros, produção leiteira, fumo e cebola. Todos apresentam redução na produção entre 20 e 70%. Parte da produção de agricultores já está perdida e se não chover nos próximos dias, a situação pode pior ainda mais.