Uma polêmica considerável sempre invade o assunto do Agronegócio, quando surge o tema agrotóxicos…
Por um lado, acusações relacionam os agrotóxicos ou agroquímicos ou defensivos, como quiser chamar, com incidência de câncer, ou com a formação congênita, ou com resíduos no leite materno… Por outro lado, pesquisadores e cientistas afirmam o contrário, como no texto que recebi de José Otávio Menten, Professor Doutor em Agronomia na Esalq-Usp, e de Ciro Roselem, Professor Doutor em Agronomia na Unesp de Botucatu, em que escrevem e acentuam “Não há evidencias cientificas para suportar tais hipóteses. O assunto exige tratamento responsável”.
Também ouvimos de um lado que o Brasil é o campeão mundial no uso de agrotóxicos, e por outro que, enquanto o uso dos agroquímicos cresceram 120% na China e 47 % na Argentina,por unidade de produto, aqui no Brasil houve redução de 3% no período 2004 a 2011.
Ou seja, o que existe é uma pororoca contraditória de uso de informações e de pontos de vista. Por um lado no ambiente tropical, sem gelo e neve, ambiente propício para doenças, pragas e ervas daninhas, e isso exige produtos para esse combate. Por outro, temos que cuidar veementemente da qualidade com que são utilizados e aplicados os agroquímicos. E, além disso, necessitamos de muito treinamento para ações conservacionistas, manejo integrado de pragas, e o convívio inteligente que teremos, cada vez mais com o controle biológico, ou seja, química e defensivos biológicos.
O bom senso advirá do equilíbrio, e da agricultura de precisão… sem dúvida.
José Luiz Tejon
Sócio Diretor da Biomarketing