Existe uma revolução no agronegócio iniciando e em andamento no Brasil. Chama-se ILPF e quer dizer, Integração Lavoura, Pecuária e Floresta.
Isso significa que numa mesma propriedade os produtores vão gerenciar, ao mesmo tempo, a produção de grãos, de vegetais, com gado, a proteína animal, e ainda gerar árvores, sejam estas árvores frutíferas ou nativas.
Tudo ao mesmo tempo e com ganhos sensacionais em sustentabilidade e em imagem do agro brasileiro para o mundo. Mas uma pergunta que se faz é, isso é mais lucrativo para os produtores? Quer dizer, dá mais trabalho e é melhor para a sustentabilidade do negócio, mas como fica no bolso do agricultor e pecuarista?
E a resposta é sim, também da mais lucro. O sistema Integração Lavoura Pecuária e Floresta oferece um retorno sobre o investimento, maior do que o sistema exclusivo de agricultura, ou só da pecuária.
O pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, Júlio César dos Reis, explica que cada passo é particular, pois são muitos os fatores que influenciam nos custos e nas receitas.
Foram analisadas quatro unidades de referência tecnológica e econômica em Mato Grosso, tanto em propriedades mais favorecidas por momentos de preços melhores, quanto em outras, prejudicadas por situações desfavoráveis, com preço de soja alto e milho safrinha ainda pouco expressivo.
O sistema ILPF se mostra importante pela diversificação das fontes de renda, principalmente numa atividade em que o produtor precisa pensar a longo prazo, e ter consciência dos riscos incontroláveis do curto prazo, como clima, dólar e custos.
A Integração Lavoura Pecuária e Floresta, um bom negócio para o produtor e para o país.
José Luiz Tejon
Sócio Diretor da Biomarketing