Bayer e Monsanto na liderança global da agricultura

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Agora está sendo criada o que os presidentes da Bayer e da Monsanto chamam de uma Líder Global na agricultura. A Bayer fez uma oferta pela Monsanto com 44% de Premium Price por cada ação… E isso significara o que? Simplesmente uma corporação de vinte e três bilhões de euros de faturamento, com um investimento conjunto em ciência e tecnologia, ou seja, pesquisa e desenvolvimento de mais de dois bilhões e meio de euros anuais.

A Bayer é protagonista e uma das líderes mundiais em agroquímicos, com história e presença no Brasil há décadas. A Monsanto hoje reúne a maior competência mundial nas novas sementes e engenharia genética, ou seja, nos organismos geneticamente modificados.

Dessa forma, o mundo se transforma a todo instante, e com essa aquisição e reunião de duas gigantes mundiais no antes da porteira das fazendas, ciência e tecnologia para o campo, agora mudou mesmo.  A revolução ocorrerá não apenas nas teses, mas na realidade, assim como temos agora a Syngenta, pertencendo aos Chineses, o nosso maior cliente atual.

Os presidentes Werner Baumann, da Bayer e Hugh Grant, da Monsanto, apresentaram ontem para o mundo esse acordo, além  de oferecem o site: www.advancingtogether.com para todos que desejarem conhecer detalhadamente a operação e para os acionistas envolvidos e interessados.

Nas estratégias apresentadas, além do compromisso com o mais proeminente e importante mercado do mundo, o agronegócio, surge também a proposta para a criação de uma plataforma de agricultura digital.

E como isso influência no Agro brasileiro? Em tudo, influenciará na distribuição, nos canais, nos recursos humanos de campo e na educação. O desafio estará em como preparar e educar  pessoas e produtores rurais para essa mega mudança.

E, fica também um aviso importante para os líderes do Agro Brasileiro: precisaremos cada vez mais de inteligência nacional e tropical, para pelo menos podermos conversar, dialogar com a dimensão de Bayer e Monsanto, além de outras, no mesmo nível intelectual. Ou seja, o Brasil precisará acompanhar esse estado da arte da alta ciência para tratarmos do sagrado conhecimento da nossa agricultura tropical e dos interesses maiores do Brasil, nas prioridades dos investimentos, da potencial líder global da agricultura do antes da porteira.

O mundo já mudou e o Agro nunca mais será o mesmo. Virou gene digital.

José Luiz Tejon

Sócio Diretor da Biomarketing