Estresse hídrico prejudica desenvolvimento das lavouras

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Uma linha de instabilidade desde a Amazônia até o Rio de Janeiro e Espírito Santo, passando por Rondônia, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais ajuda a formar nuvens carregadas de chuva. Com chuva frequente e em bons volumes, os níveis de umidade do solo estão elevados em toda a região centro-norte do Brasil, beneficiando o desenvolvimento das lavouras. Não há sinais ou relatos de anomalias que possam prejudicar o potencial produtivo das lavouras.

 

 

Vale ressaltar que não se pode descartar que no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e em algumas microrregiões do cerrado as chuvas irregulares já estejam ocasionando perdas muito pontuais que não deve prejudicar a produção final. As expectativas de produtividade são boas para a safra, relata o agrometeorologista Marco Antônio Santos.

 

Lavouras de café, cana de açúcar e citros também estão sendo beneficiadas por esse padrão meteorológico. Porém, vale ressaltar que os índices de luminosidade estão mais baixos esse ano, o que poderá, em partes ser um entrave não só a essas culturas, mais também a cultura de grãos. Já que a tendência é que se mantenha esse padrão meteorológico ao longo das próximas semanas. Ou seja, chuvas frequentes, quase todos os dias, irregulares e em bons volumes. O produtor deve estar atento a maior incidência de doenças. 

 

No Sul, as pancadas de chuvas poderão ser registradas ao longo desta terça-feira (13), no Rio Grande do Sul. Entretanto, essas eventuais pancadas de chuvas serão bem irregulares e de baixa intensidade. Algumas áreas ainda continuarão sentindo o efeito do estresse hídrico, mantendo uma condição não tão favorável ao desenvolvimento das lavouras.

 

No Paraná e no Mato Grosso do Sul, as chuvas ocorridas nesse último final de semana possibilitaram uma elevação dos níveis de umidade do solo, garantindo condições satisfatórias ao desenvolvimento das plantas. Só que apesar da passagem dessa linha de instabilidade entre hoje e amanhã no Rio Grande do Sul, a semana será marcada pelo tempo firme e sem chuvas em grande parte da região Sul e sul do Mato Grosso do Sul. Por conta da La Niña o mês de dezembro deverá ter esse padrão, principalmente na metade sul da Região Sul, passagens rápidas de frentes frias, provocando chuvas muito irregulares e de baixa intensidade. 

 

Safra 2016/2017. É hora de La Niña?

 

Os meteorologistas Josélia Pegorim e Alexandre Nascimento comentam sobre os principais influências do fenômeno La Niña no verão 2017.