Produtor de "olho" na produtividade do milho safrinha

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A passagem de uma frente fria pela região Sul provocou chuva e inviabilizou os trabalhos no campo em todas as regiões produtoras de arroz do Rio Grande do Sul. Com o avanço deste sistema pelos demais estados da Região Sul, o tempo volta a abrir no estado gaúcho o que possibilita a retomada das atividades de colheita.

 

Além disso, outro fato que vai possibilitar que o tempo volte a abrir a partir de quarta-feira (12), em quase todo o Sul do Brasil é o avanço de uma massa de ar polar que provoca o declínio acentuado da temperatura, principalmente, entre as madrugadas de quarta e quinta-feira. Não há riscos para formações de geadas, mas os termômetros poderão registrar valores abaixo dos 10°C em alguns municípios.

 

Análise com a previsão do tempo para 15 dias sobre o impacto das condições previstas na cultura

 

Este será o padrão meteorológico. As chuvas continuarão a ocorrer semanalmente, uma vez que as frentes frias irão avançar regularmente sobre o Rio Grande do Sul e após a passagem das frentes, uma massa de ar polar irá entrar e provocar o declínio da temperatura. Até o momento, não há risco para ocorrências de geadas ou mesmo, perdas por excesso de umidade.

 

Milho safrinha 

Após uma esplendida safra de soja, os produtores agora estão com todos os olhos voltados para a safra de milho safrinha, ainda mais por conta de uma safra frustrada no ano passado. A preocupação é por conta da irregularidade no regime de chuva que vem ocorrendo em várias regiões produtoras do Centro-Oeste, Sudeste, Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Apesar da chuva quase que diária, há locais onde o volume de chuva está baixo e afeta o pleno desenvolvimento da lavoura.

 

De um modo geral, as lavouras de milho 2ª safra estão muito bem, com um desenvolvimento bastante satisfatório e, consequentemente com uma excelente perspectiva de produtividade.  

 

Segundo os modelos de previsão, as chuvas sobre as regiões produtoras de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, cerrado mineiro, Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia continuam ocorrendo de forma irregular e até, mesmo podendo ocorrer algum período de estiagem durante a segunda quinzena de abril e primeira de maio.

 

A ausência de chuva regular durante o período poderá trazer algumas perdas bem pontuais em lavouras que foram semeadas após o dia 25/02 e que representam em torno de 20% das áreas de milho destas localidades. O Brasil deverá colher esse ano, uma produção superior a 60 milhões de toneladas.

 

A meteorologista Josélia Pegorim analisa a distribuição e a intensidade da chuva sobre o Brasil para 15 dias, até 25 de abril. Assista: