O mês de abril foi marcado pelas chuvas acima da média e bem distribuídas em todas as regiões produtoras de algodão do Brasil. Os níveis de umidade do solo estão elevados nas áreas produtoras do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia o que garante excelentes condições ao desenvolvimento das plantas.
Análise de umidade do solo com 15 dias de antecedência
Segundo relatos de consultores, produtores e demais pessoas ligadas ao setor, a perspectiva é de uma produção superior a observada na safra passada, apenas pelo fator clima, já que a área semeada foi menor neste ano, segundo dados da CONAB.
A perspectiva de uma safra cheia será de suma importância a rentabilidade dos produtores, principalmente das regiões produtoras do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, onde vinham amargando fortes prejuízos nas últimas 3 safras.
Como melhorar a produção no campo?
Mesmo com uma tendência de diminuição das chuvas agora no mês de maio, não haverá problemas às lavouras, uma vez que os solos estão com boa capacidade hídrica, conferindo condições confortáveis ao desenvolvimento das lavouras até meados deste mês. E, até lá, a produção estará definida, já que após essa data, mesmo que não venha a chover mais, a planta suporta normalmente o déficit hídrico. Segundo produtores e consultores, é até bom que não chova mesmo após o dia 15/05, pois caso ocorram chuvas, podem mais prejudicar do que auxiliar, afinal podem causar apodrecimento dos botões florais, além de aumentar os focos de doenças.
A previsão indica chuva para este início de maio nas áreas produtoras de algodão do Mato Grosso do Sul e sudoeste de São Paulo. E como as temperaturas máximas não deverão se elevar tanto nos próximos 60 dias, as perdas de umidade por evapotranspiração não serão altas, beneficiando ainda mais as lavouras.
Contudo, deve-se ressaltar que há indicativos de entradas mais frequentes de massas de ar polar ao longo destes próximos 60 dias e uma ou outra poderá ser amplitude suficiente para ocasionar temperaturas mais baixas nas regiões produtoras do Mato Grosso, o que poderá resultar em alguma perda, caso venha a se confirmar tais previsões. Até porque temperaturas abaixo dos 15°C por alguns dias já são suficientes para causar danos às lavouras.
A meteorologista Josélia Pegorim comenta sobre a distribuição e o volume de chuva sobre o Brasil no período de 15 dias, ou seja, até 18 de maio de 2017. Assista abaixo:
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