A chuva não está dando trégua em quase todo o Mato Grosso, com isso, os trabalhos de colheita, pulverizações e demais tratos culturais continuam sendo prejudicados. Muitos produtores já começam a relatar apodrecimento de algumas lavouras de soja por conta do excesso de dias chuvosos e lavouras já dessecadas e totalmente aptas a colheita. E a previsão é de que esse tempo mais fechado e com chuva a qualquer hora do dia continue sobre grande parte da região central do Brasil durante os próximos cinco dias. Por outro lado, essas mesmas condições meteorológicas mantém as condições extremamente favoráveis à proliferação de doenças, o que trás ainda mais preocupações aos produtores. Entretanto, a próxima semana deverá ser com tempo mais aberto e possibilidade apenas para pancadas de chuvas. Porém, não há nenhum indicativo de que o tempo abra totalmente e fique sem chuva.
Outro fator que vem chamando muito a atenção é o plantio do algodão segunda safra, que está atrasado por conta do excesso de umidade no solo, impossibilitando a entrada das plantadeiras no campo.
Como fica o tempo?
Em toda a região Sul do Brasil a previsão para esta quinta-feira é de pancadas de chuva em grande parte da região, incluindo a região sul do Mato Grosso do Sul. A passagem de um cavado estará deixando o tempo instável e com isso há a possibilidade de que venham ocorrer pancadas de chuvas ao longo do dia. Além disso, há previsão de que chova ao longo dos próximos cinco dias em todas as regiões produtoras da metade norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e metade sul de Minas Gerais. Essas chuvas irão manter os solos com níveis adequados de umidade, favorecendo o desenvolvimento das lavouras.
Apenas a metade sul do Rio Grande do Sul é que deverá manter o tempo firme e sem previsões de chuvas até o final de semana, sendo que somente entre o domingo e a segunda-feira é que há previsão de chuva generalizada sobre todo o estado gaúcho – um grande problema para as áreas de soja e pastagens dessa região, já que os níveis de umidade do solo estão muito baixos. Mas como os mapas de previsão indicam uma segunda quinzena de janeiro bem mais chuvosa, a perspectiva é que não venham ocorrer perdas significativas nos potenciais produtivos das lavouras.
Na região do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, em especial na região oeste da Bahia e sul do Piauí e regiões norte de Minas Gerais e Goiás, a previsão é de pancadas de chuva ainda essa semana, mas tempo mais aberto ao longo da semana que vem. Não há nenhum indicativo de que essa possível estiagem venha trazer grandes perdas à produção dessas localidades, uma vez que ao longo da última semana de janeiro há previsão de que venham ocorrer pancadas de chuva sobre essas áreas.
Argentina e Paraguai
Agora em relação à Argentina e Paraguai, a previsão é de chuva generalizada sobre quase todas as localidades produtoras durante os próximos 10 dias, o que irá elevar os níveis de umidade do solo, garantindo excelentes condições ao desenvolvimento das lavouras. Entretanto, devemos ficar atentos às chuvas no Paraguai, pois já há lavouras de soja aptas a serem colhidas e com isso, tais chuvas poderão trazer algum transtorno a essa atividade. Mas por enquanto é muito cedo para fazer qualquer diagnóstico de quebra.
Na Argentina, apesar da previsão de chuva generalizada e em bons volumes ao longo desses próximos 10 dias, as regiões denominadas de sudeste de Buenos Aires e São Luís deverão receber baixos volumes de chuva. Mas são áreas com pouca representação na produção total de grãos do País, o que não terá tanto impacto à produção final do país.
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Veja como a informação meteorológica pode ajudar a tomar a decisão dentro do campo:
Análise de volume de chuva para a área produtora