Um dos assuntos que mais causam preocupação para os produtores do Rio Grande do Sul, foi a questão das doenças na cultura da soja, especialmente a ferrugem asiática. Tanto o desenvolvimento de uma lavoura, quanto de uma doença, é bastante influenciado pelo clima local e, no Sul, ele foi bem variável, segundo Carlos A. Forcelli da Universidade de Passo Fundo.
Nesta safra 2017/2018, os problemas nas lavouras vieram mais cedo. Os primeiros focos de doenças começaram no início de dezembro de 2017, já na última safra 2016/2017, começou no início de janeiro. Como consequência da contaminação precoce, a ferrugem acaba atingindo uma intensidade final maior, devido ao tempo prolongado que teve para se desenvolver.
Além disso, no mês de dezembro o Rio Grande do Sul contou com aproximadamente 50% a menos de chuva, que inibiu o desenvolvimento tanto da soja, quanto da ferrugem. No final deste mesmo mês, a instabilidade retornou e garantiu a recuperação da soja, projetando um cenário de alto potencial produtivo.
Nesse período de alta produtividade, a doença da ferrugem deu uma acalmada nas lavouras, não as afetando tanto, já que os produtores puderam notar o quanto antes os sintomas e eliminá-la. Quando há um rápido aumento na área foliar da soja, os problemas ficam escondidos e o produtor tem mais dificuldade. O ideal é estar sempre atento à sua plantação.
Visão geral da soja
A colheita da soja já foi finalizada. Segundo o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, a produtividade da soja nesta safra, teve uma queda significativa no Rio Grande do Sul, sobretudo devido à estiagem prolongada no centro-sul do estado. A produtividade média no estado foi de 53,7% nesta última safra 2017/18 contra 56% da safra anterior 2016/17.
Colaborou neste texto a estagiária Aline Oliveira.