Integração Lavoura Pecuária faz diferença no uso do solo

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No interior do Maranhão, uma técnica tem feito a diferença no uso do solo. Em parceria com a Embrapa Meio Norte, a Fazenda Santa Luzia, situada em São Raimundo das Mangabeiras, adota a chamada Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILFP) há mais de anos.

 

Desde que iniciou o processo, a fazenda, que planta basicamente milho e soja, aumentou o percentual de matéria orgânica do solo e aumentou em pelo menos 50% a produtividade.

 

Basicamente, a prática consiste em fazer o rodízio de diferentes culturas e intercalar os espaços de pastagem do gado com capim braquiária, que forma uma palhada e protege o solo da ação degenerativa. No último veranico que atingiu a região, em que se passaram 32 dias sem chuva, a palhada evitou prejuízos.

 

“Quando colhe o milho, a braquiária já está grande, aí a gente traz o gado. A palhada traz benefícios para o solo e para os animais. Tem sempre capim para o animal em época de escassez e o solo não fica exposto. Quando vem o próximo plantio, a semente aguenta mais, retém umidade e germina”, explica a técnica agropecuária da fazenda, Marcileia Guimarães.

 

A fazenda adota a integração na área total de seis mil hectares e se tornou referência na técnica na região. Atualmente, está desenvolvendo de forma mais intensa a pesquisa na área de floresta, plantando eucaliptos e outras árvores que fazem sombra ao redor das palhadas para evitar que o solo e os animais fiquem expostos ao sol.

 

O grupo também tem feito, em parceria com a Embrapa, cruzamentos de várias raças de boi para chegar ao chamado ‘boi tropical’, que é mais adaptado às pastagens naturais da região Nordeste e não degrada tanto o solo, pois consome menos recursos. “O boi tropical tem rusticidade, precocidade e outras características, come de tudo e não precisa de um pasto especial”, explicou a técnica.

 

Mapeamento 

 

Um dos maiores gargalos do Brasil para garantir o cuidado mais efetivo do solo é a ausência de um levantamento detalhado sobre as características do território brasileiro. Segundo pesquisadores da área, a falta de dados sobre o recurso natural dificulta a formulação de políticas de conservação e recuperação de áreas degradadas.

“As escalas de conhecimento do nosso solo estão muito defasadas. Nós precisamos de informações mais detalhadas para tomar decisões mais acertadas a respeito do uso, manejo e conservação. O conhecimento é a base da conservação. Em conhecendo os solos, você pode definir o que é melhor para a agricultura, para a paisagem, para conservação”, afirma Maria de Lourdes Mendonça, pesquisadora da Embrapa.

 

Para preencher essa lacuna, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) trabalha para acelerar o Programa Nacional de Solos (Pronasolos). Liderado pela Embrapa Solos e composto por várias instituições de pesquisa, o programa tem como objetivo desenvolver no prazo de 30 anos um mapeamento que permita conhecer as propriedades do solo, as suas aptidões e os principais riscos a que está exposto.

 

“Os Estados Unidos, que são nossos concorrentes na balança comercial, já têm isso há muito tempo. Eles conhecem seus solos na escala de um para 20 mil, enquanto que no Brasil nós não temos nem uma escala de um para 100 mil. Ou seja, eles têm informações de solos cinco, dez, cem vezes mais detalhadas do que nós temos, dependendo da região”, comenta a pesquisadora.

 

Segundo a Embrapa, menos de 5% do território brasileiro conta com mapas de solos em escala de um para 100 mil ou maior. Em alguns estados brasileiros, como o Paraná, já é possível acessar dados sobre o solo na escala de 1 para 25 mil. Mas, na região Norte, por exemplo, os mapeamentos disponíveis ainda são da década de 80, com informações de um para um milhão.

 

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