Milho 2ª safra está favorável nas regiões produtoras

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A produção do milho de segunda safra está favorável na maior parte das regiões produtoras é o que revela o levantamento da Carta Grãos da Scott Consultoria.

 

No Paraná, até a primeira quinzena de abril, 95% das lavouras estavam em boas condições e 5% em condições medianas, segundo o Deral – Departamento de Economia Rural  do Paraná. No estado, a produtividade média neste ciclo deverá ser 33,9% maior que na segunda safra passada.

 

Em Mato Grosso, maior produtor nacional, a expectativa também é de aumento de produtividade este ano. Estima-se um incremento de 3,7% frente à safra passada. A produtividade média este ano está projetada em 103,2 sacas por hectare, ficando atrás somente dos resultados de 2016/17, quando foram colhidas, em média, 107,1 sacas por hectare, de acordo com o Imea – Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária.

 

Além das expectativas positivas do lado da produção na segunda safra, as exportações recuaram mês a mês desde janeiro. Os preços estão pressionados para baixo no mercado interno. Na região de Campinas, em São Paulo, a saca de 60 quilos está cotada em R$37,00, sem o frete, frente a negócios em até R$42,00 por saca no início do mês.

 

A expectativa é de mercado frouxo e quedas nas cotações no mercado brasileiro em curto e médio prazos. Para o pecuarista, o momento é oportuno para a compra antecipada para a entrega após a colheita da segunda safra. Como fatores de influência nos preços nos próximos meses, destacamos o câmbio e o clima, que caso haja mudanças drásticas, poderiam mexer com estas expectativas.

 

Como fica o tempo nas áreas produtoras no mês de maio

 

Apesar do período mais úmido ter se estendido para abril, o mês de maio marca a entrada do período seco. A umidade da Amazônia passa a migrar para áreas próximas ao Equador, diminuindo sua influência na maior parte do país, como é o esperado para a época do ano e a chuva passa a ter  mais frequência na região sul do país. As frentes frias, já começam a trazer chuvas desde o início do mês sobre os três estados da região. 

 

Na primeira quinzena do mês, o risco para geadas nas áreas produtoras é muito baixo, pois os modelos não mostram ainda a entrada de alguma onda de frio mais significativa. No decorrer da segunda quinzena por enquanto, ainda não há grandes mudanças e as temperaturas até podem persistir ligeiramente acima da média. A queda de temperatura durante os próximos meses pode ser alta, porém os períodos críticos tem curta duração, e também por conta da alta umidade, o risco para geadas generalizadas, diminui bastante.

 

A Região Centro-Oeste já passa a ter tempo mais seco, por conta da falta da influência da umidade da Amazônia. Apenas no início do mês, que há risco para chuvas isoladas entre o MT e MS. No geral o declínio da umidade relativa do ar, favorece a maior amplitude térmica, com manhãs mais frias e tardes mais quentes.

 

No Sudeste, a situação também é parecida, a chuva diminui bastante e apenas as áreas ao leste, mais próximas ao litoral, ainda podem ter eventos isolados de chuva, devido a passagem de frentes frias. As quedas de temperatura podem ser observadas principalmente á partir de junho. Porém por conta da curta duração das ondas de frio,  o risco para geadas no sul de SP e MG será baixo.