Chuvas regulares e boa umidade favoreceram o algodão baiano

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Foto: Abapa 

 

O Centro de Análise de Fibra da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), localizado em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, já se prepara para a classificação da nova safra de algodão. Falta menos de um mês para o começo da colheita da safra 2020/21.

 

Produtores e o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, relatam que essa pode ser uma boa safra de algodão, em comparação com a anterior.

 

“Este foi um ano-safra de chuvas regulares, com pouca precipitação no final do ciclo, o que trouxe um ganho na formação dos chamados ‘ponteiros’, com a umidade ajudando na boa formação da fibra. Agora, entramos no período de seca, que é desejável para garantir a cor e o brilho tão característicos do algodão que colhemos em nosso estado”, relata Bergamaschi.

 

Algodão de Mato Grosso

Em Mato Grosso, os produtores deixaram de plantar algodão, neste ano, por causa do tempo. Com a área de plantio menor e estimativa de colher menos por hectare, a produção final do estado deve cair na comparação com a safra passada.

 

Na maior parte das áreas de plantio, as lavouras de algodão se desenvolveram bem. As lavouras de segunda safra, plantadas logo após a colheita da soja, irão sentir falta de um pouco mais de água, mas as áreas representam apenas 15% do total do plantio.

 

A colheita da safra de algodão está prevista para segunda quinzena de junho. As primeiras áreas plantadas no estado foram semeadas em dezembro. Segundo projeção do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), 83,15% das áreas são de segunda safra e, com o atraso na semeadura empurrando 68,29% para fora da janela ideal, os talhões mais tardios já apresentam dificuldades no desenvolvimento, devido à falta de chuva e a baixa umidade no solo.

 

A previsão entre os produtores é que haja uma redução de até 3% na produtividade. O que está compensando essa perda da produtividade é a maior valorização do produto por causa da menor oferta do algodão no mercado. A área plantada para a safra no estado foi 21% menor do que na safra do ano passado.

 

A procura das indústrias é grande, tanto que diversos produtores venderam com antecedência o que o que ainda vão colher. No sul do estado, por exemplo, 60% deles venderam a maior parte da safra já há dois meses, principalmente para o mercado asiático.

 

“Há um mês nós tivemos preços muito bons de algodão, agora está tendo uma queda no mercado”, relata Paulo Sérgio Aguiar, presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa).

 

A redução da área plantada vai representar uma diminuição de 24% na produção de pluma em Mato Grosso. O volume estimado é de 1,6 milhão de toneladas sem caroço. Mas com a recuperação dos preços no mercado internacional, os agricultores já querem destinar mais terras ao plantio do algodão na próxima safra, e retomar a área plantada em 2019. 

Algodão do Ceará  

 

No Ceará a cultura do algodão de sequeiro é geralmente cultivada nos meses de janeiro e fevereiro, quando começa o ciclo chuvoso no Cariri cearense. O desenvolvimento da cultura ocorre entre 120 dias e 180 dias, dependendo da variedade. Mas, houve uma redução do plantio, e um dos fatores foi o clima. Esse tipo de algodão é uma cultura que não exige muita água e é adaptada ao semiárido. Assim, é uma condição favorável para o cultivo. 

 

O Mapa publicou o edital do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a safra 2021/2022, do cultivo do algodão herbáceo, onde contemplam: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Rondônia, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

 

O algodoeiro necessita para seu crescimento, desenvolvimento e boa produtividade, de condições adequadas de temperatura, umidade do solo e luminosidade. Dependendo do clima e da duração do ciclo, a planta necessita de 700 mm a 1300 mm de precipitação pluvial para seu bom desenvolvimento, sendo que 50% a 60% de suas necessidades hídricas ocorrem no período de floração e formação do capulho. 

 

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