Um bloqueio atmosférico manteve a chuva forte sobre a Região Sul, especialmente o
centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul. Em Quaraí-RS, o acumulado de sete dias
passou dos 160mm. 74% das áreas de soja do Rio Grande do Sul ainda estão em
fase reprodutiva e a chuva pode diminuir o tamanho das perdas projetadas até o
momento por conta da estiagem.
No Sudeste e em Mato Grosso do Sul, por outro lado, parou de chover de forma abrangente. Já são 20 dias com tempo seco e a umidade do solo diminui cada vez mais especialmente em São Paulo e em Mato Grosso do Sul. De acordo com a Conab, metade do milho de Mato Grosso do Sul e pouco mais de 30% do milho de São Paulo foram instalados, mas a baixa umidade do solo dificulta a aceleração da atividade, sem contar com o prejuízo no desenvolvimento inicial do cereal. Isso também vale para a cana de açúcar, com plantio mais lento e desenvolvimento prejudicado nos dois Estados.
No Nordeste, choveu intensamente sobre todos os Estados da Região com destaque
para a Península de Maraú com 180mm em uma semana. No leste do Nordeste,
estamos diante do início do período das águas e desenvolvimento da cana de açúcar.
Em breve, também teremos instalação de soja, milho e feijão no SEALBA com
condições favoráveis de desenvolvimento.
A chuva também foi intensa no Norte e em Mato Grosso e apesar disso, o plantio do milho está praticamente encerrado em Mato Grosso com quase 95% das áreas instaladas, de acordo com o Imea. A colheita da soja também segue com mesmo ritmo com 90% das áreas colhidas no Estado.
Tendência do clima
Ainda há previsão de chuva forte sobre a Região Sul, além do Paraguai, Argentina e Uruguai nesta semana. A simulação GFS indica mais de 150mm no Vale do Itajaí, Serra Catarinense e no litoral de Santa Catarina. Além do elevado acumulado de chuva, há previsão de ventos fortes e aumento da agitação marítima.
Já a simulação WRF indica acumulado acima dos 150mm em Santa Vitoria do Palmar-RS em apenas cinco dias. O fato é que tempestades alcançarão uma boa parte da Região nos próximos dias. Por um lado, áreas de soja, arroz, feijão e milho em desenvolvimento serão beneficiadas pelas precipitações, mas a colheita avançará mais lentamente.
Fonte: Istock
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