Granizo, geada e frio. Veja o clima nas áreas produtoras

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Foto: Michel Legnaghi – São Joaquim online

 

De acordo com o Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga),  falta pouco mais de 7% (cerca de 69 mil hectares) para a conclusão da colheita do arroz da safra 2021/2022. Até o momento, foram colhidos 888.077 hectares no Rio Grande do Sul, o que representa 92,78% da área semeada total de 957.185 ha. Os dados são do ultimo boletim do dia 06/05.

 

Entre as seis regionais arrozeiras, a Zona Sul é a mais adiantada, com 97,90% de área colhida (158.445 hectares de 161.842 ha semeados). Já a Planície Costeira Externa registra 97,33% (104.171 ha de 107.024 ha).

 

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Foto: Nelson Conrad – Irga

 

A Campanha aparece com 95,80% (131.242 ha de 136.993 ha). A Planície Costeira Interna está com 95,04% (131.592 ha de 138.460 ha). A Fronteira Oeste está com 87,90% (250.200 ha de 284.654 ha). E a região Central, com 87,69% (112.427 ha de 128.212 ha).

 

A produtividade média no Rio Grande do Sul, conforme o novo levantamento do Irga, está em 8.351 quilos por hectare neste momento. Os números foram tabulados pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural da autarquia, a partir de informações apuradas pelos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) junto aos produtores orizícolas. Veja abaixo o gráfico:

 

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Tendência do clima 

 

Entre 11 e 12 de maio, podem ocorrer algumas pancadas de chuva no Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, mas não resolve o problema de déficit hídrico.  

 

A partir de sexta-feira (13/05), um sistema de baixa pressão se forma entre a Argentina e o Paraguai e que aumenta o risco de queda de granizo em áreas produtoras do Mato Grosso do Sul e São Paulo. Produtores devem estar atentos a cana de açúcar e milho que podem ser afetados. Veja o mapa abaixo: 

 

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Ar polar: Geada e frio

 

De acordo com o agrometeorologista Celso Oliveira, da Climatempo, há previsão de geada na próxima sexta-feira (13) nos Campos de Cima da Serra Geral (RS e SC) com poucos danos à agricultura. Já o frio previsto a partir da terça-feira (17/05) da semana que vem promete causar estragos. A área com frio intenso, abaixo dos 3°C, aumentou e alcança o sul de Minas Gerais e Mogiana (café), sul de São Paulo (milho e feijão) e boa parte do Paraná (milho, feijão, café e cana de açúcar).

 

“Além da chuva, há previsão de frio. Apesar de um centro de alta pressão fraco com pouco mais de 1020 milibares, a corrente de jato em uma direção favorável ao declínio da temperatura e a presença de um ciclone extratropical em alto mar empurram a onda de frio sobre o centro e sul do Brasil”, analisa Oliveira.

 

De acordo com simulação americana GFS-NOAA mais recente, estimam-se temperaturas mínimas de 4°C em Três Pontas-MG, 5°C em Campos Gerais-MG, 6°C em Machado-MG e 7°C em Patrocínio-MG na sexta-feira (20/05) da semana que vem.

 

No Estado de São Paulo, estimam-se 5°C em Pedregulho-SP e Franca-SP, 4°C em Garça-SP e 6°C em Caconde-SP na quinta-feira (19/05) da semana que vem.

 

No Paraná, a temperatura alcança 6°C em Carlópolis-PR, 3°C em Pinhalão-PR e 1°C em Ibaiti-PR na quarta-feira (18/05).

 

“De uma forma geral, apesar do frio, a chance de geadas em áreas de café é baixa. Há, sim, previsão de geadas em relva, mas o fenômeno não deverá alcançar os pés de café, especialmente as árvores mais altas”, diz o agrometeorologista.

 

Milho

 

A partir do sábado (14/05), um sistema de baixa pressão atmosférica trará chuva de pelo menos 20mm ao Paraná, sul de Mato Grosso do Sul, boa parte de São Paulo e sul e leste de Minas Gerais. Posteriormente, a temperatura despenca com potencial para geadas em algumas áreas produtoras.

 

De acordo com a simulação GFS-NOAA mais recente, estimam-se temperaturas mínimas de 4°C em Toledo-PR, São Miguel do Iguaçu-PR e Itapeva-SP, 5°C em Assis Chateaubriand-PR, 3°C em Ubiratã-PR, 1°C em Cascavel-PR, 2°C em Francisco Beltrão-PR e Pato Branco-PR e -2°C em Guarapuava-PR na quarta-feira (18/05).

 

“São menos áreas produtoras sob risco de perdas por geadas. De qualquer forma, as simulações serão monitoradas diariamente até meados da semana que vem”, analisa Celso Oliveira.

 

Fique ligado as atualizações deste boletim ao longo da semana em nossos canais Climatempo e Agroclima.  

 

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

Otimizar o plantio, ficar de olho no Clima para avançar com os trabalhos no campo e observar o desenvolvimento da cultura para evitar perdas são algumas das decisões que você produtor rural precisa tomar durante a safra. 

 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações. 

 

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