Com o plantio do algodão finalizado em todo o país, as atenções agora se voltam para os impactos da diminuição das precipitações na maioria das regiões produtoras. Muitas áreas sinalizam uma queda na produtividade, caso as precipitações não ocorram. A colheita já teve o seu início, porém em áreas pontuais.
De acordo com o 8º levantamento da safra 2021/22 de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento, a perspectiva é de um aumento de 16,9% na área a ser destinada ao algodão, totalizando 1,6 milhão de hectares.
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Já a produtividade, em relação ao levantamento do mês anterior, apresentou uma melhora nas estimativas de Mato Grosso. Com isso, a produção esperada é de 2,82 milhões de toneladas, aumento de 19,5% em relação à safra 2019/20. A cotação da pluma em patamar elevado, que proporciona boa rentabilidade ao produtor, foi a causa primordial nessa elevação da área de plantio.
Segundo dados do Ministério da Economia, foram embarcadas em abril de 2022 um volume de 135,9 mil toneladas de algodão, volume 23% menor que no mesmo mês do ano passado. A média diária de embarque foi de 7,1 mil toneladas, ante 9,65 mil toneladas no mesmo mês em 2021. A receita com essas vendas externas foi de US$ 306,6 milhões, total 1,9% maior que abril de 2021. Esse menor volume em comparação com o ano passado já era esperado, dada a menor oferta da safra 2021/22. Para o ano de 2022, a Conab estima uma exportação de 2,05 milhões de toneladas, bem próxima da ocorrida no ano de 2021, que foi de 2,01 milhões de toneladas.
Mercado
O panorama do mercado global do algodão deve ser de preços em patamares elevados também no segundo semestre de 2022. Cada vez mais se confirma que importantes regiões produtoras dos Estados Unidos, como Texas e Oklahoma, sofrerão com a falta de chuva. Como o país é o maior exportador mundial de algodão, essa condição impacta positivamente nos preços. Como contraponto, a elevação dos juros nos Estados Unidos, para conter a inflação, impacta negativamente na demanda do país.
Além disso, a China, maior importador de fibra de algodão do mundo, também deve apresentar menor crescimento econômico, dado a sua política de covid zero, com confinamento de áreas com infectados. Não obstante, o cenário de boa rentabilidade deverá continuar para o produtor brasileiro, também, na safra 2022/23.
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