Foto: milho – Débora Cristina – Roncador – PR
A seca sazonal, característica deste período na região central do Brasil, provocou impactos menos intensos no desenvolvimento da lavoura de milho 2ª safra, em comparação com as safras passadas, aponta o boletim de Monitoramento Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Nas primeiras semanas de maio, a seca se intensificou e a umidade do solo, que já se encontrava baixa em algumas regiões, causou uma maior restrição às lavouras de milho que foram semeadas fora da janela ideal e que se encontram, no momento, em floração e enchimento de grãos.
As maiores restrições hídricas ocorreram no oeste da Bahia, no norte e noroeste de Minas Gerais e em Goiás, além do sudeste de Mato Grosso, do leste de Mato Grosso do Sul e do noroeste de São Paulo.
Foto: milho – Débora Cristina – Roncador – PR
Índice de vegetação
O acompanhamento do índice de vegetação mostra que, apesar das restrições hídricas em maio, a semeadura antecipada do milho segunda safra permitiu que as lavouras se desenvolvessem de forma similar ou melhor que as últimas safras na maioria das regiões monitoradas. Atualmente o índice está em queda ou desaceleração, devido à maturação de parte das lavouras. De forma geral, segundo o boletim, persiste a expectativa de boa produtividade.
Tendência do clima
A chuva espalha pelo Brasil neste mês de junho. Uma frente fria estacionada entre o Paraná e Santa Catarina e ainda provoca chuva forte nesta quinta-feira (02/06). Choveu mais de 100 milímetros em áreas de Guarapuava, Nova Laranjeiras e Cantagalo, áreas próximas ao planalto do Paraná. Veja o vídeo enviado pela produtora Patricia Prasniewski de Nova Laranjeiras (PR).
No início da semana, também houve registro de granizo em Luiziania, PR. O registro foi na propriedade rural da Débora Cristina, no dia 31/05. Veja:
Chuva paralisa plantio
O plantio do trigo está paralisado e não se descarta o transbordamento de pequenos córregos e rios por causa do volume excessivo desta chuva contínua no Paraná.
Frio
A madrugada desta quinta-feira (02/06), foi fria na região de fronteira e da Campanha gaúcha e o potencial para ocorrência de geada é alto até a manhã de sexta-feira (03/06). No sábado (04/06), a região de Quaraí, oeste e sudoeste do estado podem registrar o fenômeno, mas de uma forma geral a tendência é de elevação da temperatura.
Formação de um ciclone
Entre o domingo (05/06) e a segunda-feira (06/06), há um indicativo para formação de um ciclone extratropical que provoca chuvas fortes no Rio Grande do Sul. Do dia 02 a 08 de junho, os modelos indicam volumes de chuva acima de 150 milímetros na região central do Rio Grande do Sul.
No sul do Paraná, nuvens carregadas ainda provocam chuva que pode acumular volumes superiores aos 50 milímetros. Para Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e sudoeste de Goiás, os modelos mostram o retorno da chuva no decorrer da próxima semana (entre 06/06 e 10/06) e a estimativa que a chuva aconteça d eforma fraca com baixos acumulados. Essa chuva tardia acaba piorando a qualidade da pluma do algodão.
Nordeste
Nuvens carregadas cobrem o norte do Nordeste e há previsão de chuvas fortes no Ceará. Nos próximos dias, o aglomerado de nuvens carregadas avançam para São Luís (MA).
No oeste da Bahia não há condições para chuva e os trabalhos de colheita do algodão seguem sem problemas nesta região.
Entre 06 e 10 de junho volta a chover forte sobre o leste do Nordeste com acumulados superiores a 50 milímetros desde o litoral norte da Bahia até o Rio Grande do Norte.
Não há previsão de frio intenso pelos próximos 15 dias.
Como monitorar o Clima na sua fazenda?
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