Entre os dias 22 e 25/05, a colheita da soja conseguiu avançar nos campos gaúchos proporcionada pelo tempo seco e dias ensolarados. A operação foi interrompida a partir do dia 26/06 em função da ocorrência de chuvas, que se estenderam até 29/05.
Esse fator e a existência de algumas lavouras ainda em maturação, semeadas ou ressemeadas tardiamente, após o período de estiagem, condicionaram a não finalização da colheita no período. O índice colhido evoluiu de 95% para 97% da área implantada no Estado, sendo que os 3% restante estão em fase de maturação, de acordo com o Informativo da Emater/RS-Ascar.
Foto: Soja – Carla Rufino – Sul do Brasil
Em algumas regiões como Alto Uruguai, Planalto, Serra e Fronteira Oeste, os cultivos foram totalmente colhidos. Nas regiões Noroeste, onde houve maior replante tardio, e Sudeste, que costumeiramente utiliza cultivares de ciclo mais longo, a operação deverá ser finalizada nos próximos dias.
Milho
A colheita do milho foi retomada até o dia 25/05, quando as condições de tempo seco e ensolarado foram favoráveis à diminuição de umidade nos solos e grãos. O índice colhido evoluiu pouco e alcançou 92% da área cultivada no Estado, outros 8% estão em maturação. Nas regiões do Planalto e Alto Uruguai, a operação foi finalizada. Ainda há maior número de lavouras a serem colhidas nas regiões Centro e Sul do Estado, onde a operação é feita de forma escalonada e na região Oeste e Noroeste, onde houve replantio ou plantios em safrinha, após o período de estiagem, segundo o último boletim informativo da Emater/RS-Ascar.
Silagem
A colheita de milho para silagem superou 92% da área destinada à produção no Estado. A expectativa de produtividade se elevou para 28 t/ha com o corte de lavouras implantadas após o período de estiagem. No entanto, há uma redução de 35% na expectativa inicialmente projetada. O volume de silagem ainda pode ser alterado com a utilização de lavouras de grãos em risco climático.
Arroz
A colheita foi realizada entre os dias 22 e 25/05, favorecida pelas condições de tempo seco e ensolarado, encerrando tecnicamente a operação no Estado. Apenas na Metade Sul, algumas lavouras remanescem, mas sem relevância estatística, sendo considerada tecnicamente concluída a safra. A produtividade estimada permanece em 7,8 t/ha, o que representa uma redução pouco superior a 5% da projeção inicial estimada.
Feijão 2ª safra
Houve intensa atividade de colheita nas principais regiões produtoras, aproveitando o período mais seco entre os dias 22 e 25/05. Estima-se que 45% das lavouras cultivadas em 2ª safra já foram colhidas. Estão em maturação cerca de 50%, e restam 5% em enchimento de grãos. A expectativa atual de produtividade é aproximadamente 1.600 kg/ha, sendo superior à obtida em 1ª safra, segundo a instituição.
Tendência do clima
No interior do Nordeste, a chuva em excesso paralisa os trabalhos no campo, principalmente a manutenção da cana de açúcar. Na região do SEALBA, a precipitação também atrapalha os trabalhos com o milho terceira safra, a mandioca e o feijão. Por outro lado, essa chuva favorece a umidade do solo, principalmente nas áreas de agreste.
No Sul do Brasil, a chuva enfraquece um pouco nesta terça-feira (07/06), mas volta ganhar intensidade na quinta-feira (09/06). A chuva fica mais concentrada sobre o Paraná, oeste e norte de Santa Catarina, avança para áreas de São Paulo, Mato Grosso do Sul, sudoeste de Mato Grosso. A quantidade de chuva é alta para a época do ano e pode piorar a qualidade da pluma do algodão e paralisar algumas atividades no campo.
Nos próximos 7 dias, não há expectativa de chuva para o leste de Mato Grosso, norte de Goiás e de Minas Gerais e boa parte do Matopiba.
Entre os dias 13 e 19 de junho, há uma tendência de chuva par ao Sudeste e Centro-Oeste com maiores acumulados, principalmente entre Mato Grosso do Sul e São Paulo. Neste período, a chuva continua sobre o leste do Nordeste.
Temperatura
Previsão de queda de temperatura mais acentuada a partir do dia 08/06, com mínimas negativas nas áreas de serra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina com geadas restritas até o sul do Paraná e não alcança áreas vulneráveis de café e laranja de São Paulo.
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