Colheita do milho apresenta avanço no MS

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Foto: Istock

 

Todas as regiões do estado de Mato Grosso do Sul estão em pleno desenvolvimento fenológico reprodutivo do milho 2ª safra, segundo dados da Aprosoja- MS. As regiões sudeste e oeste apresentam 91% das suas lavouras em boas condições, regulares entre 8% e 9% e ruins até 1%. Essas regiões possuem o estádio fenológico entre R3 e R6.

 

As regiões centro, sudoeste, sul-fronteira e sul encontram-se em boas condições, cerca de 78% e 86% de suas lavouras, regulares entre 10% e 12%, e ruim até 10%. O estádio fenológico dessas regiões está entre R4 e R6.

 

Entretanto, as regiões norte e nordeste possuem condições abaixo do potencial das demais, podendo-se encontrar lavouras entre 19% e 20% em condições ruins, regulares entre 23% e 28%, e em bom estado entre 52% e 58%. O estádio fenológico está entre R4 e R6. A porcentagem de área colhida (dados de 22/07) na safra 2021/2022, encontra-se superior em aproximadamente 13,1 pontos percentuais em relação à safra 2020/2021.

 

As geadas ocorridas entre os meses de maio e junho não afetaram significativamente a produção, portanto a estimativa inicial se mantêm. O período com possibilidades de redução do potencial produtivo da cultura, onde a geada na cultura até dia 15 de julho poderia comprometer a produtividade foi ultrapassado. Agora, as plantas já se encontram em fechamento de ciclo e a estimativa inicial se mantém.

 

Foto: Arquivo Istock

 

Colheita do Milho

 

A colheita de milho no estado, apresenta o maior avanço desde o início da operação, com aumento de mais de 99 mil hectares, equivalente a cinco pontos percentuais, em relação à semana anterior, de acordo com o último boletim da Aprosoja-MS. 

 

A região norte apresenta colheita mais avançada, com média de 53,6%, a região central está com 21,2% e o sul com 9,1% de média. Até o momento, a área colhida é de cerca de 342 mil hectares, representando 17,2% da área total. No panorama estadual, 81% das lavouras apresentam boas condições, 13% condições regulares e 6% condições ruins.

 

“O alto percentual da colheita na região norte se deve a semeadura antecipada e a ocorrência de estiagem, que acelerou a redução do teor de umidade do grão. As outras regiões, permanecem dentro do esperado”, relata o presidente da Aprosoja, André Dobashi.

 

Conforme técnicos do projeto SIGA-MS, o estádio fenológico das plantas varia de R3, quando apresentam grãos leitosos à R6, quando os grãos estão completos e a planta atinge a maturidade fisiológica. Os insetos mais encontrados foram a lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda), em baixa incidência e a cigarrinha (Dalbulus maidis), em média incidência.  

 

A estimativa inicial de 1,992 milhão de hectares de área plantada, 78,13 sc/ha de produtividade e 9,34 milhões de toneladas de produção está mantida, de acordo com a Aprosoja-MS.

 

Tendência do clima 

 

O grande destaque é a mudança no centro-sul do Brasil ao longo dos próximos dias. A passagem de uma frente fria com uma massa de ar polar mais forte, vai provocar mudanças bastante significativas. No sul de Mato Grosso do Sul já se observa o aumento das nuvens nesta sexta-feira (29/07) e há previsão de chuva isolada no estado com rajadas de vento moderada. 

 

O ar polar vai provocar acentuado declínio nas temperaturas no centro-sul do Brasil até o fim do mês. No Sul do Brasil, há chance de geada nos três estados, com forte intensidade nas regiões serranas entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e no planalto paranaense. Nas demais áreas do interior da Região Sul, o fenômeno deve ocorrer de forma isolada e com fraca a moderada intensidade. 

 

No extremo sul de Mato Grosso do Sul e extremo sul doestado de São Paulo, também há condições para geada isolada. Nas demais áreas produtoras do Sudeste e do Centro-Oeste, a chance de gear é baixa ao longo do fim de semana. Nas áreas produtoras de cana de açúcar, café e milho segunda safra não há expectativa para geada.

 

Enquanto isso, no MATOPIBA, o ar continua muito seco nos próximos dias, o que favorece o ritmo acelerado na maturação e colheita do algodão no oeste da Bahia.

 

Clima em Agosto nas áreas produtoras

 

No decorrer da próxima semana, a tendência é de uma nova frente fria atuar sobre o centro-sul do país. Os volumes de chuva no interior gaúcho podem acumular 100 milímetros em algumas localidades. 

 

No Sudeste e Centro-Oeste, a chuva chega de forma mais isolada. Essa frente fria consegue puxar a umidade da Amazônia para as áreas mais ao sul da Região Norte e pode chover em Rondônia e no Acre. O padrão de chuva para o mês de Agosto será diferente porque aos poucos as frentes frias conseguem entrar pelo interior do país e podemos observar chuva acima da normal para época do ano em algumas áreas do centro-sul do Brasil e áreas mais ao sul da Região Norte. 

 

“Vale destacar que a chuva não se regulariza mais cedo este ano. Não deveremos ter um atraso para o retorno das chuvas no interior do Brasil, mas este sinal de chuva agora em Agosto não é uma garantia que teremos umidade mais cedo. É importante, ter muita cautela porque pode ser observado floração no café arábica do Sudeste, mas não há garantia de manutenção da umidade sem chuvas regulares entre Agosto e Setembro. A expectativa é de uma regularização das chuvas apenas na segunda quinzena de Outubro”, analisa a meteorologista Nadiara Pereira         

 

Como monitorar o Clima na sua fazenda?
 

Otimizar o plantio, ficar de olho no Clima para avançar com os trabalhos no campo e observar o desenvolvimento da cultura para evitar perdas são algumas das decisões que você produtor rural precisa tomar durante a safra. 

 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações. 

 

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