As colheitas na Bahia e Mato Grosso estão próximas de 65% e 50%, respectivamente. Estes principais estados produtores de algodão nacional, contribuem preponderantemente com a estimativa da produção nacional de 6.721,4 mil toneladas da cultura do algodão com caroço, que teve leve redução em relação à safra passada.
O 11º levantamento da safra 2021/22, da Companhia Nacional de Abastecimento mostra uma perspectiva de aumento de 16% da safra de algodão em relação à safra 2020/21, totalizando 2,73 milhões de toneladas, plantadas em uma área e 1,6 milhão de hectares, crescimento de 16,8%. Diante desses números, a produtividade da safra ficará em 1,72 t/ha, 0,7% menor que a safra anterior, sendo o aumento da produção garantido pelo aumento de área.
Fatores climáticos desfavoráveis à cultura afetaram a produção em algumas regiões de produção expressiva, como Mato Grosso, Goiás e Bahia. Diante da queda de produção, o estoque final de 1.331,4 toneladas, esperado para a safra, é 4,39% menor comparado ao ano passado e 3,57% menor em relação ao último levantamento.
Foto: Getty Images
Mato Grosso – algodão safra 21/22
A colheita do algodão cobriu 49,53% da área estadual. Por ocasião do corte prematuro das chuvas em algumas regiões, alinhado às temperaturas mínimas abaixo da média, principalmente na fase de formação das maçãs, a cultura, sobretudo de segunda safra, apresentou rendimento variado, alcançando produtividade de 4.152 kg/ha, isto é, menor
que as projeções apontadas no início da safra.
Bahia
A colheita do algodão está em 65% da área. A queda da produtividade, em relação à expectativa inicial, deve-se aos efeitos da má distribuição de chuvas, com excesso na fase de desenvolvimento vegetativo e escassez na fase de formação das maçãs.
Os plantios foram iniciados em novembro de 2021, e a colheita deve se estender até setembro de 2022, havendo cultivo de sequeiro e irrigado. As lavouras de sequeiro seguem em fases de maturação e colheita, com o ciclo adiantado em relação à safra passada devido à anomalia da distribuição hídrica nesta safra, que iniciou e finalizou o período chuvoso mais cedo, antecipando a maturação dos frutos, enquanto que as lavouras irrigadas seguem em fase de formação das maçãs, maturação e início de colheita. As lavouras de sequeiro representam 83% e as irrigadas 17% da área cultivada.
A colheita segue acelerada nas lavouras de sequeiro, devendo concluir esta etapa em meados de agosto, enquanto as lavouras irrigadas apresentam áreas em início de colheita.
Tendência do clima
Os modelos de previsão do tempo mostram uma tendência de predomínio de tempo seco até o dia 01 de setembro com temperaturas elevadas sobre as áreas produtoras de algodão da Bahia e Mato Grosso, favorecendo os trabalhos no campo, a maturação e a qualidade das fibras.
No Nordeste, a chuva fica concentrada na faixa litorânea com acumulados acima de 60 milímetros em algumas capitais. No interior da Região, é o tempo seco que predomina até dia 01/09.
“Na região produtora do SEALBA, o baixo índice de umidade afeta o milho terceira safra e o feijão”, alerta a meteorologista.
No centro-sul do país, o tempo firme favorece a secagem dos grãos e a finalização das atividades de colheita do milho segunda safra. No fim de semana, uma frente fria passa pelo Sul do país sem provocar grandes acumulados de chuva. Porém, junto deste sistema o ar polar provoca queda de temperatura. De domingo (28/08) para segunda-feira (29/08), há possibilidade de geada no norte do Rio Grande do Sul, serra gaúcha e catarinense, planalto paranaense e metade sul do Paraná.
De acordo com a meteorologista Desirée Brandt, no interior paulista o tempo seco diminui a umidade do solo e pode prejudicar o trigo em fase reprodutiva.
No Mato Grosso do Sul, mesmo sem condições para chuva, a umidade é suficiente para as lavouras de trigo em fase de enchimento de grãos.
Como monitorar o Clima na sua fazenda?
Otimizar o plantio, ficar de olho no Clima para avançar com os trabalhos no campo e observar o desenvolvimento da cultura para evitar perdas são algumas das decisões que você produtor rural precisa tomar durante a safra.
O AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.
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