Temperatura baixa pode afetar produtividade do feijão 1ª safra

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A área projetada de feijão 1ª safra é de 30.561 hectares, no Rio Grande do Sul. A produtividade estimada permanece em 1.701 kg/ha. Espera-se uma produção de 51.985 toneladas. Os cultivos estão em implantação.

 

O estado geral das lavouras é adequado, mas há risco de as temperaturas mais baixas afetarem a produtividade e favorecerem o aparecimento de doenças, de acordo com o boletim de 13/10 da Emater/Ascar-RS.

 

Em Frederico Westphalen, a semeadura da safra foi finalizada. A cultura apresenta-se com 30% em desenvolvimento vegetativo; em floração, 50%; e enchimento de grãos, 20%.

 

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Foto: Debora Cristina – Luiziânia – PR

 

Em Ijuí, o cultivo aproximou-se do final de implantação. As lavouras apresentam
desenvolvimento inicial mais lento, ocasionado pelo frio. No entanto, não foram observadas folhas encarquilhadas (quando as temperaturas registradas são inferiores às ideais para o desenvolvimento da cultura). Foram registrados ataques de insetos desfolhadores, que causaram pequenos danos nas folhas mais novas, logo controlados antes de causarem prejuízos.

 

Houve uma intensificação na semeadura, condicionada pelo tempo favorável, na regional de Porto Alegre. Houve alguns problemas de atraso na germinação, relacionados às baixas temperaturas nos solos. No período, foram instaladas seis Unidades de Referência Técnica (URT), com o objetivo de fomentar e avaliar a adaptabilidade das cultivares de feijão FEPAGRO Triunfo, FEPAGRO Garapiá e RS Centenário, e como forma de gerar uma alternativa de renda aos agricultores familiares.

 

Em Soledade, foram implantados 75% dos cultivos onde 70% está em fase vegetativa, e
5% das lavouras iniciaram o enchimento de grãos. As chuvas recorrentes, intercaladas com períodos de alta incidência solar, foram adequadas à manutenção da umidade nos solos e ao desenvolvimento das plantas. Entretanto, as baixas temperaturas dificultaram o crescimento inicial e favoreceram as doenças, como antracnose, quando associadas ao molhamento das folhas.

 

Milho silagem

 

A área estimada de milho silagem para a safra 2022/2023, no Rio Grande
do Sul, é de 365.467 hectares. A produtividade estimada permanece em 37.857 kg/ha. A cultura está em fase de implantação. Estima-se que 47% da área projetada foi
semeada.

 

As lavouras encontram-se em fase de emergência e em desenvolvimento vegetativo. O desenvolvimento inicial é adequado, apenas um pouco inferior ao ideal em função das temperaturas mais baixas.

 

Em Santa Rosa, após nova ocorrência de chuvas, houve sequência na semeadura de forma acelerada, concluindo o plantio da safra, restando apenas o plantio na safrinha. A germinação está adequada, assim como a população de plantas por hectare. Em relação ao aspecto fitossanitário, ocorreu aumento da incidência de pulgões, e foi necessária a realização de controle com inseticidas.

 

Tendência do clima 

 

As áreas de instabilidade que estão sobre o Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul vão ganhar mais intensidade entre quarta (19/10) e quinta-feira (20/10) com a formação de uma área de baixa pressão atmosférica e, por isso, são esperadas chuvas volumosas entre a Região Sul, sul de Mato Grosso do Sul e sul paulista. 

 

O Paraná mais uma vez deve receber os maiores volumes e a chuva continuará impactando os trabalhos no campo, especialmente a colheita de inverno e também o plantio das culturas de verão. Além do excesso de chuva, as temperaturas mais baixas do que o normal em alguns momentos tem dificultado o desenvolvimento de lavouras como arroz, feijão e soja no Rio Grande do Sul.

 

No fim de semana, a tendência é que o tempo fique mais firme na Região Sul. 

 

A expectativa é que na segunda metade da semana, uma frente fria se forme sobre o centro-sul do país e a medida que avança pela costa do Brasil, a chuva tende a se espalhar pelo interior das regiões Sudeste e Centro-Oeste. 

 

Essa frente fria vai ter um papel importante nos próximos dias. Este sistema vai conseguir levar chuva para o interior do país, especialmente áreas de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso com potencial para volumes moderados de chuva entre sexta-feira (21/10) e o início da próxima semana. 

 

As áreas de instabilidade também vão chegar ao Matopiba com volumes moderados de chuva previstos entre o oeste da Bahia, Tocantins, Pará e oeste do Maranhão. A chuva irá contribuir para o aumento da umidade do solo, mas é em novembro que a chuva deve se regularizar sobre as áreas da metade norte do Brasil. 

 

Temperatura

 

A expectativa é de declínio acentuado sobre o Sul do país no decorrer do próximo fim de semana com o afastamento da frente fria e o avanço de uma massa de ar frio. A temperatura deve cair bastante durante as madrugadas, especialmente domingo (23/10), com mínimas abaixo de 10ºC, em diversas localidades produtoras da Região Sul. 

 

No centro-norte do país, destaque para a diminuição do calor e a sensação térmica deve diminuir com a ocorrência da chuva.        

 

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