A maioria dos estados produtores de algodão do Brasil, praticamente já finalizaram a colheita de algodão. O beneficiamento avança e totaliza 79% da produção, assim como a análise da qualidade da pluma (HVI), que atingiu 55%. Os dados constam no Relatório de Safra divulgado no dia 19/10, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
Números
Estimativas apontam para uma safra colhida de 2,5 milhões de toneladas de pluma (2021/2022) e 3,3 milhões de toneladas de caroço no Brasil.
Foto: arquivo istock
Projeção safra 2022/2023
As primeiras estimativas para a safra 2022/23 de algodão no Brasil, apontam elevação da área plantada de algodão de 9,3%, ficando em 1,78 milhões de hectares. A produção no período é projetada em 3,1 milhões de toneladas, uma variação de 27% ante os atuais 2,5 milhões de toneladas.
Tendência do clima
Nesta sexta-feira (21/10), uma frente fria atua pela costa do Brasil e gera nuvens carregadas pelo centro-sul do país, Sudeste e Centro-Oeste. Veja no mapa abaixo as áreas de risco.
No fim de semana, a medida que a frente fria avança suas áreas de instabilidade vão se espalhar pelo interior das regiões brasileiras. Essa frente fria vai ter um papel importante nos próximos dias.
Essa chuva é bem vinda para aumentar a umidade do solo em áreas que estão plantando soja, como é o caso de Goiás, leste de Mato Grosso, interior de Minas Gerais que não tiveram chuvas regulares e, agora irão receber um volume mais moderado que ajuda na recuperação da umidade do solo. Essa chuva também deve beneficiar áreas de café da Alta Mogiana, sul de Minas Gerais, cerrado mineiro e também áreas do Espírito Santo.
As áreas de instabilidade também vão chegar a fronteira agrícola do Matopiba com volumes moderados de chuva entre o extremo oeste e sul da Bahia, Tocantins, sul do Maranhão e do Piauí. A chuva ainda será mal distribuída, mas irá contribuir para o aumento da umidade do solo. É na segunda quinzena de novembro que a chuva deve se regularizar sobre as áreas da metade norte do Brasil.
No Sul, a chuva dá uma trégua e diminui. O tempo fica firme com a entrada do ar mais frio e seco, especialmente no Paraná.
Na quarta-feira (26/10), novas áreas de instabilidade vão atuar no Sul do Brasil e as áreas que já estão encharcadas devem receber mais precipitação até o final de Outubro e essa chuva continua impactando as atividades de campo tanto o plantio das culturas de verão quanto a colheita das culturas de inverno e, principalmente o corte e a moagem da cana de açúcar no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A partir do início de novembro vamos observar uma concentração maior de instabilidade sobre a metade norte do Brasil e os corredores de umidade devem voltar a se formar com maior frequência com chuvas volumosas. Na Região Sul, as chuvas ficam mais espaçadas.
Temperatura
A expectativa é de declínio acentuado sobre o Sul do país no decorrer do próximo fim de semana com o avanço de uma massa de ar frio. A temperatura deve cair bastante durante as madrugadas, especialmente domingo (23/10), com mínimas abaixo de 10ºC, em diversas localidades produtoras da Região Sul. Entre o interior gaúcho e catarinense, as mínimas podem chegar a 6ºC. A fronteira entre o Rio grande do Sul e o Uruguai é que deve registrar as temperaturas mais baixas. Não é um frio extremo, mas são temperaturas bastante baixas para essa época do ano, efeito do fenômeno La Niña que traz esse risco para frio tardio.
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