No início desta semana, os temporais com chuva volumosa se concentrarão mais sobre a Bahia, no Maranhão, Tocantins, Piauí, Pará parte do Amazonas e norte do Mato Grosso, com acumulados elevados e riscos para danos, com transbordamento de rios, alagamentos e deslizamentos de terra.
Só até meados desta semana, dia 27 de outubro, deve chover mais de 200mm em pontos do norte, oeste, leste e sul baiano, como no Recôncavo Baiano, Ilhéus, litoral da Bahia e Região Metropolitana de Salvador.
No Tocantins, no sul do Pará, no noroeste e oeste do Amazonas, norte do Mato Grosso, e no sul do Piauí e do Maranhão, os acumulados de chuva tendem a ser elevados também, e devem passar dos 100mm ao longo dessa semana.
Boa parte dessa chuva na Bahia se deve pela passagem de uma frente fria, que passa na costa do estado, mais a presença de um cavado em altitude, que é uma baixa pressão relativa e mais alongada, além do calor e da presença de umidade na região.
Neste início da semana, a metade sul do país está tendo uma trégua nas instabilidades, porém, na quarta-feira (26) voltam os temporais no Rio Grande do Sul, por conta de uma nova frente fria que chega na região e mais um cavado meteorológico e um corredor de umidade. Nesse dia, antes da chuva chegar, esquenta um pouco no Sul do país, pois temos o efeito pré-frontal, onde os ventos do quadrante norte se intensificam, trazendo um ar mais quente do interior do país para essas áreas, antes da chegada da frente fria.
Foto: Mycchel Legnaghi – São Joaquim -SC
Frio tardio e possibilidade de geada
Os meteorologistas estão acompanhando uma tendência de uma forte queda de temperatura prevista entre o final do mês de Outubro e o início de Novembro no Sul do Brasil. Há potencial para ocorrência de geada. Esse frio está associado às condições de La Niña. Essa possibilidade de frio tardio com geada será monitorada pela equipe de meteorologistas e a atualização das informações você confere ao longo dos próximos dias.
Trigo
A chuva em excesso e de forma generalizada no Paraná e em Santa Catarina provocou grandes acumulados de chuva em várias áreas produtoras deste estados, na primeira quinzena de Outubro.
A precipitação excessiva acabou prejudicando parcialmente o manejo, a maturação e a colheita do trigo da safra 2021/2022. A análise é do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O excesso de chuvas gera preocupação em relação à queda de qualidade por excesso de umidade nos grãos do trigo na região Sul e em São Paulo – onde 80% das áreas foram colhidas até o fim da primeira quinzena de outubro.
No Paraná, a área total colhida chega a cerca de 50% e apesar do potencial produtivo ter sido impactado pela seca em fases anteriores, o rendimento médio é satisfatório.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a colheita já foi iniciada (3%), apesar das chuvas frequentes terem limitado as operações.
Semeadura
Para as culturas da safra 2022/2023, foi observado que as precipitações favoreceram a semeadura de soja em Mato Grosso e no Paraná. Entretanto, o excesso de umidade atrasa esta etapa em São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em Minas Gerais e na Bahia, o plantio foi iniciado no começo de outubro, após o fim do vazio sanitário.
No caso do milho 1° safra, a semeadura evolui rapidamente, chegando a 74% da área estimada no Rio Grande do Sul e 75% no Paraná, com destaque para as regiões de Ponta Grossa, Guarapuava/Irati e Pato Branco. Porém, o plantio segue em ritmo lento em São Paulo e Santa Catarina, principalmente em razão do excesso de umidade. A etapa também segue devagar em Goiás, onde os produtores têm dado prioridade à soja.
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