A área projetada para a safra 2022/2023 de soja no Rio Grande do SUL é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha. A semeadura avança em ritmo acelerado. O índice de semeadura alcançou 60%.
As lavouras semeadas antes do dia 12/11 apresentam germinação uniforme e estande de plantas dentro do esperado. As plantas apresentam ainda um desenvolvimento mais rápido, emitindo folhas maiores e comprimento do hipocótilo normal.
Foto: Getty Images
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, houve intensificação da semeadura, que alcançou cerca de 40% implantados, mas a operação foi limitada pela ausência de teores adequados de umidade nos solos. Em Dom Pedrito, município com maior área de cultivo na região, aproximadamente 75% da área prevista já foi plantada. Em Aceguá, 60% e em Bagé, 50%. A germinação e emergência são uniformes, e o estande de plantas é adequado.
Na regional de Caxias do Sul, os produtores começaram a desacelerar o ritmo da semeadura, aguardando chuvas mais volumosas para recompor a umidade do solo já que semear em condições de baixa umidade aumenta o risco de falhas na germinação e no estande de lavoura. As primeiras lavouras implantadas apresentam boa germinação e estabelecimento inicial. Nos Campos de Cima da Serra, são mais de 60 mil hectares ocupados por culturas de inverno, que ainda não estão aptos à colheita, e a semeadura de soja deverá ocorrer somente em dezembro.
Em Erechim, foi plantado 50% da área prevista. Para minimizar os custos da lavoura, os produtores realizaram uma redução de aplicação de fertilizantes em relação a 2021, de até 15%. Em Frederico Westphalen, foi implantado em torno 70% da área prevista. As lavouras apresentam boa germinação e desempenho inicial, segundo dados do último relatório da Emater.
Na regional de Ijuí, a área semeada atinge 55% da área projetada. Em Pelotas, a semeadura, alcança 51% da área estimada. A operação é mais adiantada em Santa Vitória do Palmar, com 81%, e Jaguarão, com 71%. Em Porto Alegre, o plantio se intensificou com a reposição de umidade nos solos, o que permitirá que a maioria das lavouras sejam implantadas até o final de novembro. O índice de semeadura é de 45%.
Em Santa Maria, houve forte avanço no plantio, chegando a 60% da expectativa de cultivo. As práticas de dessecação de áreas e o trabalho de semeadura ganharam intensidade por conta de chuvas ocorridas durante os dias 12 e 14/11. Apesar de serem volumes baixos e variados, essas chuvas repuseram o teor necessário de umidade nos solos para operação.
Em Santa Rosa, a semeadura alcança 61% da área total implantados. Os fatores que contribuíram foram as boas condições de umidade nos solos e o avanço na colheita do trigo, com liberação dos terrenos. As lavouras apresentam bom estabelecimento e adequado número de plantas por metro linear. Não foram constatadas doenças associadas à emergência, como o damping off.
Em Soledade, as chuvas ocorridas nos dias 13 e 14/11, restabeleceram a umidade nos solos, e a semeadura foi retomada de forma intensa, após a interrupção provocada pelos solos secos em parte da região. A área semeada subiu de 20% para 45% da área prevista.
Tendência do clima
Sem grandes mudanças no tempo para a Fronteira Oeste e interior do estado. A terça-feira (29/22) será de sol e muito calor, sem chuva. Já na capital, litoral norte, áreas de serra e extremo norte do Rio Grande do Sul, chuva isolada a partir da tarde. As temperaturas continuam altas.
Na quarta-feira (30/11) uma mudança no padrão da circulação dos ventos provoca o aumento nas nuvens de chuva sobre o Rio Grande do Sul. O sol ainda aparece ao longo do dia, mas nuvens carregadas já se espalham a partir da tarde e volta a chover na capital Porto Alegre, no litoral norte, centro-norte, sul e na Região Serrana do Rio Grande do Sul. A chuva ainda é isolada, mas pontualmente, pode vir com moderada intensidade, com raios e rajadas de vento. Na região de Uruguaiana, o tempo segue firme.
Ferrugem
No período de 07 a 13/11/22, o laudo do Monitora Ferrugem apresentou os resultados do monitoramento de esporos da ferrugem asiática da soja, fungo Phakopsora pachyrhizi, em Unidades de Referência Técnica no estado do Rio Grande do Sul. Esta informação aliada a outras práticas de manejo da cultura da soja serve de subsídio para a tomada de decisão dos agricultores.
A ocorrência de esporos da ferrugem asiática da soja coletados continua com maior concentração na região noroeste do Rio Grande do Sul. A detecção de esporos é um indicativo da presença do patógeno no ambiente, e nestes locais recomenda-se aos técnicos e aos produtores observância das condições climáticas para o manejo da ferrugem.
Como monitorar o Clima na sua fazenda?
O AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.
Faça parte da maior comunidade AGRO! O canal oficial da Climatempo no Telegram fornece conteúdos diários e exclusivos sobre o Clima e previsão para a agricultura. Quero fazer parte!