As condições do tempo foram favoráveis para a atividade das abelhas no Rio Grande do Sul, com temperaturas altas e dias ensolarados, porém a falta de chuvas tem causado certa limitação na oferta de floradas. As colmeias com rainhas novas apresentaram boa postura, exigindo cuidados dos apicultores para evitar a falta de espaço nos ninhos. Segue a captura de novos enxames, assim como sua transferência para colmeias. A sanidade, no geral, foi satisfatória, mas houve alguns registros de mortalidade de abelhas, ainda sob análise dos órgãos competentes.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Dom Pedrito, o processo de enxameação, durante os primeiros meses da primavera, foi bastante fraco e está se intensificando nas últimas semanas, em paralelo com o aumento da produção de mel nas colmeias. Na regional de Caxias do Sul, as reservas de alimentos para as abelhas são consideradas razoáveis em mel e pólen, suficientes para a manutenção das abelhas. Não houve novos registros de mortalidades de abelhas na região.
Foto: Arquivo istock
Na regional de Ijuí, ocorre o início da colheita nas colmeias maiores e mais fortes, mas a produção ainda não atinge os volumes esperados para este período do ano.
Na de Passo Fundo, apesar do avanço da primavera e da proximidade do verão, os
enxames ainda mantêm ritmo lento de atividades, com baixo nível de mel nas colmeias e de enxameações.
Em Pelotas, segue sendo realizada a colheita em diversos municípios. Em Arroio do Padre, a expectativa é de boa safra de primavera. Em Morro Redondo e Cerrito, a produção está bastante variada e, em Rio Grande, a colheita já está em fase de conclusão, levemente abaixo da média esperada.
Em Porto Alegre, houve registro de mortalidade significativa de abelhas em Balneário Pinhal, ainda sem causa definida. Na regional de Santa Rosa, houve relato de poucas capturas de enxames. Foi dado início à colheita da nova safra. As vendas são consideradas boas, e o consumo supera a demanda de produção. Na regional de Soledade, iniciou a colheita de mel, porém os enxames estão muito desuniformes; a expectativa é de baixa produção.
Tendência do Clima
A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) que está atuando sobre a metade norte do Brasil e é responsável por volumes expressivos de água sobre áreas produtoras entre o Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, norte e o Nordeste, ainda vai provocar muita chuva até este final de semana sobre estas áreas. Ainda há risco para transtornos, pode que estão previstos mais de 100m em diversas localidades.
No início da próxima semana a chuva começa a reduzir nestas áreas, porque a umidade tende a migrar para o centro-sul do Brasil, onde uma frente fria vai organizar as chuvas mais expressivas. Nos últimos dias do ano são esperados volumes de 70 a 100mm e há risco para tempestades, até mesmo com granizo, entre a região Sul, áreas produtoras de São Paulo e sul de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Apesar do risco de tempestades, as chuvas serão benéficas para lavouras, especialmente do Rio Grande do Sul, que estão passando por estresse por falta de umidade. As chuvas mais expressivas, com volumes superiores a 50mm, devem atingir o norte do Estado. As áreas mais ao Sul e oeste ainda devem continuar com irregularidade e nestas áreas são esperados episódios isolados e com baixos acumulados. Em contrapartida, o tempo seco ganhará força entre o Espirito Santo, Bahia e norte de Minas Gerais na virada do ano.
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