A colheita do tabaco está em andamento com algumas áreas produtoras já finalizadas no Rio Grande do Sul. A insuficiência e a má distribuição de chuvas geradas pelo fenômeno La Niña, durante o verão, anteciparam a finalização do ciclo e a maturação das plantas. Houve redução de produtividade nas lavouras mais afetadas, segundo levatamento da Emater/Ascar-RS.
Transição do fenômeno La Niña para neutralidade climática deve acontecer até o final do verão
Na região de Frederico Westphalen, localidade de Alpeste, foram cultivados 660 hectares de tabaco em 479 propriedades. A produtividade projetada era 2.134 kg/ha, e a atual 1.985 kg/ha, representando redução de 7% devido à estiagem.
Em Herveiras, dos 1.400 hectares com a cultura, cerca de 1.000 foram afetados pela estiagem, reduzindo a produtividade inicial de 2.200 kg/ha em 25%, prejudicando 440 produtores. Em Sobradinho, 1.850 hectares em 550 propriedades foram atingidos, e a produtividade atual é estimada em 1.470 kg/ha, representando quebra de 30% na projetada.
Em Canguçu, dos 8.600 hectares plantados, cerca de 4.300 em 3 mil propriedades, foram afetados, e a produtividade inicial de 2.250 kg/ha é atualmente estimada em 1.845 kg/ha, com redução de 18%.
Foto: Aline Anacleto – lavoura de tabaco
Em Pelotas, os produtores continuaram realizando a colheita e a secagem das folhas nas estufas e os manejos culturais, como controle de pulgões e desbrote. A cultura foi fortemente atingida pela estiagem, com diminuição da qualidade das folhas, além da redução do peso, decaindo a classificação e o valor do produto comercializado.
Em Santa Rosa, a colheita foi concluída. O clima seco e quente prejudicou o desenvolvimento das folhas baixeiras, reduzindo a qualidade do produto. Já em Soledade, nas regiões topográficas de menor altitude, a colheita do tabaco está em finalização. Em sucessão, em parte da área, estão sendo semeados milho e soja, contudo, a outra parte está sendo preparada para o próximo plantio, com a construção de camalhões e a semeadura de plantas para a cobertura do solo.
Nas áreas de maior altitude (centro serra, alto da serra do Botucaraí), a colheita está adiantada, com mais de 60% das folhas colhidas. No geral, as lavouras têm bom aspecto e boa sanidade, assim como as folhas, que apresentam boa qualidade. A estiagem causou impactos pontuais no resultado produtivo das lavouras.
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