Soja no Paraná apresenta boas condições de desenvolvimento

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A maioria das áreas de soja do Paraná (81%) apresentam boas condições de desenvolvimento, de acordo com o levantamento (31/01), realizado pela Departamento de Economia Rural (Deral).     

 

Ainda de acordo com o relatório, 66% se encontra em fase de frutificação, 16% em maturação, 13% em floração e 5% em desenvolvimento vegetativo. 

 

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Foto: Simone Vargas – Campina do Simão – PR

 

A sojicultora Simone Vargas, de Campina do Simão (PR), pensou em lecionar em uma escola, mas desistiu e optou por ficar no campo. Sua rotina é a maior parte do tempo no campo aprendendo sobre cultivo, desenvolvimento da safra e máquinas agrícolas. Quando sobra um tempinho busca conhecimento sobre gestão de fazendas e agricultura 4.0 na internet. 

 

“Deixei de ser professora porque aumentou a área de produção e não acha gente para trabalhar, então optei por ficar no campo. Eu sempre gostei de trabalhar com máquinas e hoje me sinto realizada. Atualmente, com a soja no campo realizo uma vistoria nas lavouras para acompanhar o desenvolvimento. A chuva dos últimos dias tem beneficiado a cultura, mas é bom ficar de olho para identificar qualquer problema ou doença e entrar com um manejo eficiente”, conta Vargas.

 

Vídeo: Simone Vargas – Campina do Simão – PR – lavoura de soja    

 

La Niña, seca e calor provocam perdas na soja no RS 

 

O Rio Grande do Sul enfrenta pela terceira vez os impactos do La Niña. O resultado é a seca que dificulta o desenvolvimento das lavouras de soja safra verão, principalmente em áreas da Fronteira e região das Missões. A falta de chuva significativa, calor e radiação solar aumenta a taxa de evapotranspiração e o potencial produtivo da soja não é bom.

 

Em Caxias do Sul (RS), as lavouras de soja apresentam boas condições de desenvolvimento e nas áreas de serra a deficiência hídrica está mais acentuada. Por isso, há perspectiva de redução de rendimento de grãos. Em Erechim, na regional da Emater/Ascar, a soja apresenta sintomas de estresse, e poderá haver redução na produtividade. A estimativa aponta perdas de 20% em lavouras no município de Barra do Rio Azul.

 

Em Frederico Westphalen, com as últimas chuvas registradas houve uma recuperação parcial no desenvolvimento das plantas.  Em Ijuí, as precipitações, mesmo em baixo volume e irregulares, contribuíram para o crescimento das plantas, que ainda está abaixo do esperado. As temperaturas elevadas e o sol intenso têm provocado o enrolamento e o murchamento de folhas nos horários de pico de calor, comprometendo a eficiência fisiológica da fotossíntese e dando aspecto de planta murcha. À noite, com a diminuição da temperatura, as plantas recuperam a turgescência. 

 

Em Pelotas, houve avanço e finalização da semeadura, possibilitada pela recuperação da umidade. A maior parte das lavouras apresenta falhas no estande de plantas e diferenças no desenvolvimento, decorrentes dos efeitos da estiagem. Com a ocorrência de chuvas, as perdas na produtividade foram estancadas, e é possível que ainda ocorra uma recuperação, se as chuvas se normalizarem. 

 

Na regional de Porto Alegre, o plantio foi concluído. Estão em desenvolvimento vegetativo 70% da cultura. Em Santa Maria, foram implantadas 97% das lavouras previstas e em função da pouca disponibilidade de água nos solos, o desenvolvimento vegetativo da lavoura está aquém do esperado, o que compromete o potencial produtivo da cultura. 

 

Em Santa Rosa, a área semeada passou de 97% para 99% e na maior parte da regional da Emater, a situação permanece crítica. A maior parte das lavouras está em floração, fase que exige maior disponibilidade de umidade, aumentando a preocupação com as perdas de produtividade. Acredita-se que as perdas, nessas lavouras, já sejam irreversíveis. No período, os produtores suspenderam os tratamentos fitossanitários em função das altas temperaturas, com exceção da semeadura mais tardia, onde foram realizadas as aplicações de herbicidas. 

 

Veja como fica a tendência do clima:

 

 

 

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