Algodão baiano precisa de mais chuva até o final do ciclo

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A área com algodão plantada pelo produtores brasileiros devem voltar a ultrapassar três milhões de toneladas da fibra, na safra 2022/2023. Nesta safra 22/23 as lavouras brasileiras de algodão ocuparam 1,65 milhão de hectares, e a expectativa é de que a produtividade fique em torno de 1.827 quilos por hectare. Os números são da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Os cotonicultores estão otimistas, mas são unânimes em dizer que é cedo para contar a estimativa como certa, pois o clima será definitivo para a produção deste ano safra.

“Nós estamos na metade do ciclo do algodão e precisamos, ainda, de muita chuva até o final. Dependemos da produtividade para compensar uma safra plantada com custos muito altos, e ter uma rentabilidade satisfatória. A causa dos custos altos foi, principalmente, a elevação dos preços dos fertilizantes, que chegaram a ser até quatro vezes mais caros do que vínhamos pagando. Sem esse insumo, não se forma lavoura”, comenta o presidente da câmara e ex-presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.

Foto: Getty Images

“Não apenas mantivemos nossa área, quando a situação se tornou desfavorável, como até tivemos um pequeno incremento. Temos uma estrutura que é específica para o algodão e não podemos deixa-la ociosa. Nós acreditamos na cotonicultura, temos compromisso com o mercado, e, talvez antes mesmo do que esperávamos, vamos ser o primeiro exportador do produto no ranking mundial. O mundo pode contar com nosso algodão, que, além de escala, tem sustentabilidade e rastreabilidade”, pontua Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.

O estado de Mato Grosso, maior produtor nacional de algodão, concluiu o plantio da safra, quase no limite da janela permitida, por causa do atraso na colheita da soja. As lavouras mato-grossenses somam 1,18 milhão de hectares.

Na Bahia, segundo maior produtor brasileiro, a área plantada ficou em 312 mil hectares, um incremento de 1,8% em relação ao ano agrícola de 2021/2022, e até o momento, as lavouras se desenvolvem bem.

Tendência do Clima para os próximos dias

No Centro-Oeste tem previsão de chuva de moderada a forte intensidade entre o interior de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. Em relação os últimos períodos, a chuva se intensifica entre Goiás e Mato Grosso, podendo vir com volumes de 50 a 70 milímetros nas áreas mais atingidas e essa chuva pode impactar as atividades no campo.

Volumes ainda maiores de precipitação são esperados sobre o Norte do Brasil, devido as instabilidades associados a umidade da Amazônia e também a influência da Zona de Convergência Intertropical – ZCIT. Entre o interior do Amazonas, Rondônia, Pará, norte do Tocantins e no Amapá estão previstos volume de águas que podem ultrapassar 100 mm no decorrer dos próximos cinco dias.

No interior nordestino não tem previsão para mudanças significativas no tempo nesta semana e o ar seco vai continuar predominando e fazendo com que a umidade do solo diminua ainda mais. A chuvas devem retornar para estas áreas de forma mais generalizada depois do dia 12 de março.

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