Chuva impacta preço da cenoura e da laranja

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O mês de fevereiro foi marcado pelo movimento preponderante de preços mais baixos das hortaliças e algumas frutas na maioria das Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. Os dados são do 3º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

A cenoura registrou percentuais de alta bastante significativos. A média ponderada das Ceasas ficou 44,22% superior à registrada em janeiro, mês em que a média havia subido 36,43% em relação a dezembro de 2022. A principal razão para isso foram as chuvas acima da média nas regiões produtoras do sudeste, o que ocasionou a pouca oferta desta cultura nas Centrais, que ocorreu desde janeiro em relação a dezembro, quando os preços sofreram reversão. A maior alta nas cotações foi no Distrito Federal, onde o aumento de 113,62% fez o produto custar em média R$ 4,11 o quilo. Os preços da cenoura também subiram destacadamente na Ceasa de Rio Branco/AC, que com o aumento de 89,60% passou a custar R$ 6,56/Kg, e na Ceasa de Curitiba/PR, com percentual de 65,33% e custo de R$ 2,59/Kg.

 

Foto: Getty Images

 

Laranja

 

A laranja passou por uma diminuição moderada na oferta, ocasionada pela redução na colheita no campo por causa das chuvas que causaram problemas logísticos, e aumento das cotações influenciado pela elevação da demanda no varejo por causa do calor, entre outros fatores. A demanda da indústria produtora de suco continuou alta. As exportações também subiram e a perspectiva anual para as vendas externas é positiva.

 

Maça

 

A maçã teve movimento diferente, uma vez que os preços caíram e a comercialização subiu na maioria das Ceasas, com a chegada da safra da maçã gala aos mercados, atrasada em um mês pela estiagem no Rio Grande do Sul. A colheita da safra da fuji se intensificará em fins de março e início de abril. A temporada de exportações começará efetivamente a partir deste mês, com o aumento do volume colhido. Por outro lado, as importações devem diminuir com a chegada da nova safra.

 

Frutas em alta

 

O mamão manteve a tendência  de alta, permanecendo em patamares elevados de preços. A oferta do papaya continuou baixa e as exportações diminuíram justamente por conta da menor disponibilidade interna do produto. Quanto à melancia, houve aumento no sul baiano, com a presença de frutas de qualidade. Os empresários do ramo nessas regiões tiveram boa rentabilidade. Já as exportações diminuíram devido ao menor volume potiguar produzido e à elevação dos preços do frete marítimo.

 

Ainda de acordo com o Boletim Prohort, o volume exportado de frutas, considerando janeiro e fevereiro de 2023, foi de 158,5 mil toneladas, sendo 9,4% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com valor auferido de mais de US$ 155,4 milhões, 5,7% mais elevado. Destaque para as reduções consideráveis na exportação de melões (-12,8%), bananas (-20,1%), mamões (-17,5%) e pêssegos (-55%), frente ao ano passado. As mangas tiveram aumento de 4,8% na quantidade exportada pelo Brasil: foram 16,8 mil toneladas nos dois primeiros meses deste ano. 

 

Tendência do clima

 

Nesta quarta (22/03), pancadas de chuva ocorrem em toda a Região Sul, por influência do corredor de umidade, frente fria na costa e um cavado. A chuva será forte nos três estados, com acumulados de chuva mais elevados sobre pontos do Rio Grande do Sul e do sudeste e leste de Santa Catarina.

 

Pancadas de chuva ainda sobre São Paulo, Rio de Janeiro, boa parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. No Centro-Oeste, ocorrem pancadas de chuva com intensidade forte e na forma de temporais. Os maiores volumes de chuva sobre o norte do Mato Grosso do Sul, sobre o Mato Grosso e no centro oeste de Goiás.

 

Mais um dia de temporais e chuva volumosa pela Região, como no Maranhão, Piauí, Ceará, oeste de Pernambuco e da Paraíba, no Rio Grande do Norte e também pelo oeste e norte da Bahia, além do aumento da chuva em todo o litoral baiano, de Sergipe e Alagoas.

 

Temporais e chuva volumosa ainda em Rondônia, Tocantins, Pará, sul do Acre e no sul e leste do Amazonas, com risco para transtornos. Já sobre boa parte de Roraima o tempo será firme.

 

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