Greening preocupa citricultor brasileiro

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De acordo com a Fundecitrus, a incidência e severidade do greening continuam aumentando nos parques citrícolas, o que representa grande impacto sobre a taxa de queda. Na safra de laranja anterior, a doença foi a segunda maior responsável pela queda de frutos, representando mais de um quarto do índice total de 21,30%. Por conta dessa conjuntura, a taxa de queda está projetada em 21% semelhante à do ano anterior.

A produtividade média nesta temporada é praticamente a mesma do ano anterior, com 918 caixas por hectare e 1,83 caixas por árvore, em comparação com as 912 caixas por hectare e 1,85 caixas por árvore colhidas na safra 2022/23. Em relação à produtividade por setor, destaca-se o Norte, que abrange as regiões do Triângulo Mineiro, Bebedouro e Altinópolis, onde é esperada a maior produtividade do cinturão citrícola nesta safra, 1.088 caixas por hectare, representando um incremento de 25,3% em relação à safra passada.

36 milhões de toneladas de CO2

Neste ano, a 9ª edição da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) trouxe os dados inéditos e preliminares da quantificação do estoque de carbono gerado tanto nos pomares de laranja quanto nas áreas destinadas à preservação da vegetação nativa das propriedades rurais, um território de aproximadamente 600 mil hectares. O trabalho começou em 2022 e foi realizado pela Embrapa, com financiamento da Innocent Drinks.

A conclusão inicial é que em todo o parque citrícola há um estoque de aproximadamente 36 milhões de toneladas de carbono. “Isso mostra que a importância das áreas agrícolas para a mitigação das mudanças climáticas se deve ao fato de que funcionam, ao mesmo tempo, como fonte e sumidouro de carbono. Quando bem manejadas, contribuem para o aumento do estoque de carbono. A citricultura, pelos números que temos levantado, desempenha um papel fundamental nessa atuação ambiental”, explica o pesquisador da Embrapa Territorial, Lauro Rodrigues Nogueira Junior, coordenador do levantamento. 

Para a realização do trabalho foram utilizadas laranjeiras que melhor representassem as plantas do cinturão citrícola em idades diversas. Em campo, as plantas foram medidas e, depois, separadas em tronco, galhos, folhas e raízes. Em laboratório, essas amostras frescas foram secadas em estufa para a determinação da porcentagem da biomassa de cada parte.

Utilizando uma equação alométrica, os pesquisadores envolvidos obtiveram como resultado a estimativa do estoque de biomassa seca, que foi estendido para todo o cinturão citrícola. Por meio de análises químicas de amostras foi determinado o carbono elementar da planta, chegando-se a uma média ponderada de 47% de carbono por quilo de biomassa seca. Ou seja, para cada quilo, 470 gramas é carbono.

Leia também: Chuva favoreceu crescimento dos frutos da laranja no parque citrícola de SP e MG

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