Dia Mundial do Chocolate

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No Dia Mundial do Chocolate nada melhor do que comemorar aprendendo mais sobre a história e os benefícios desta delícia conhecida mundialmente. A data de 7 julho, marca a chegada da mercadoria na Europa, por volta do século XV. Antes disso, ela só era conhecida e usada pelos Maias e Astecas, civilizações originárias da América. Nessa época, o uso da iguaria se tornou um símbolo de status para a aristocracia europeia, que esbanjava o produto como sinônimo de riqueza e poder.

Em 1528, o navegador Hernán Cortez presenteou o Rei Carlos V com algumas preciosas sementes de cacau – e a partir daí, o chocolate começou definitivamente a fazer sua história, tornando-se tão popular e valioso na Espanha que sua produção foi mantida em segredo por mais de um século. Acredita-se que o chocolate tenha chegado à Grã-Bretanha na segunda metade do século XVII, sendo que a primeira “fábrica” de chocolate inglesa surgiu em 1657.

Durante boa parte do século XIX, o chocolate continuou a ser consumido exclusivamente na forma líquida – mas a partir de 1861 passou a ser vendido na forma sólida, acondicionado em caixas com formato de coração. E apenas em 1876, em Vevei, na Suíça, o chocolatier Daniel Peter desenvolveu a técnica de adição de leite ao chocolate, criando o produto final que consumimos até hoje.

No Brasil, as sementes de cacau chegaram em 1746 trazidas por um francês que presentou Antônio Dias Ribeiro, um fazendeiro do Sul da Bahia. O clima favoreceu o plantio e as lavouras cacaueiras prosperaram na região.

Mercado brasileiro de cacau

O Brasil é o 7º maior produtor mundial de cacau ficando atrás da Costa do Marfim, Gana, Equador, Camarões, Nigéria e Indonésia. Em território nacional, os principais estados produtores são a Bahia e o Pará, que têm investido em novas práticas para aumentar a qualidade do cacau.

O alimento é uma importante fonte de renda para os agricultores familiares. Dos mais de 70 mil produtores, a maioria (70%) está em pequenas propriedades, segundo o Ministério da Agricultura.

Aumento do consumo

Segundo pesquisa feita em 2020 pelo Instituto Kantar o consumo de chocolate cresceu 1,5% quando comparado ao ano anterior. Em termos de faturamento, o setor apresentou alta de 2,4% ante 2019, ultrapassando R$ 11 bilhões. A pesquisa também mostrou que o chocolate faz parte da lista de compras de 82,6% dos lares brasileiros e que elas foram mais constantes no ano passado. A frequência de compra cresceu 9,3% no período, aumentando de 7,5 para 8,2 a quantidade de vezes em que o consumidor esteve nos pontos de vendas no último ano, principalmente nos canais de autosserviço. Essa frequência aumentou 7% em 2020, impulsionada pela pandemia. Em média, os brasileiros ingerem cerca de 2,5 kg de chocolate anualmente, o que equivale a 16 barras do produto. A região do Brasil onde mais se come chocolate é o Sul (4,5 kg/ano). Já o Nordeste é o local em que menos se consome a iguaria, sendo a ingestão média anual de 1,2 kg.

Tipos de chocolates

A maior parte dos chocolates são produzidos a partir de uma massa de cacau que vem dos grãos moídos e torrados ou do cacau em pó ou até mesmo de um chocolate pronto que é derretido e transformado novamente. Não há seleção grão ou de safra e o custo pago pela saca é menor diminuindo também o valor final deste produto. Muito utilizado na fabricação de larga escala. As principais diferenças entre os tipos de chocolate:

Chocolate branco: é feito a partir da mistura da manteiga de cacau com outros ingredientes, como leite em pó e açúcar;

Chocolate ao leite: tem cerca de 30% de cacau em sua composição;

Chocolate meio amargo: possui cerca de 50% de cacau.

Chocolate amargo: tem 60% ou mais de cacau;

O chocolate ao leite é o que faz mais sucesso entre os brasileiros. Ele possui mais gordura e açúcar do que o amargo, mas menos do que o branco.

Chocolate feito com grãos finos e de excelência

A partir dos anos 90 começou um movimento para colocar no mercado um produto diferenciado em sua forma e origem. Novos empreendedores foram em busca de agricultores para acompanhar o processo de seleção do cacau, sua origem até a concepção de um produto mais natural possível.   

Amêndoas do mais puro fino grão são selecionadas para compor a matéria prima principal para um chocolate Premium brasileiro que vem ganhando notoriedade pelo mundo. Esses chocolates são feitos com mais massa, manteiga de cacau, sem gordura hidrogenada e com baixa adição de açúcar. Como mencionado acima à Bahia e o Pará lideram essa produção de cacau, mas há quem diga que o melhoramento genético das sementes, clima e técnicas de produção podem levar o cacau a despontar em outros estados brasileiros.

Chocolate Ben to bar

Já ouviu falar nos chocolates bem to bar?

O chocolate bem to bar é um produto artesanal, feito em escala menor e significa do grão à barra, produzido de forma cuidadosa e sustentável (como as cervejas artesanais, por exemplo). Neste caso, não passa por uma transformação com vários lotes de cacau diferentes misturados a ingredientes artificiais e etc.

O chocolate bem to bar se caracteriza pela origem, variedade do fruto, características de solo e clima da região que irá trazer o aroma e sabor diferenciado. Tem como pilar a preservação socio ambiental e valorização dos ingredientes puros. Ou seja, o fabricante compra diretamente do agricultor sem atravessadores e todo o valor agregado retorna em melhorias no sistema de produção e na melhoria das famílias rurais.

Outro modelo é o tree to bar, da árvore à barra onde o próprio agricultor planta em sua fazenda o cacau e fabrica o chocolate. Conheça a história de Josiane Luz neste episódio do podcast Agrotalk:

Exportação

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB), o país é um dos maiores produtores e exportadores de cacau, seja ele em pó, chocolate ou até mesmo a pasta de cacau.

O Brasil se destaca como um dos maiores produtores e exportadores de cacau, tendo a Argentina como o principal comprador, adquirindo 39% das exportações brasileiras. Dentre os estados, a Bahia é responsável por 98% das exportações de cacau. Além disso, o mercado de chocolate movimenta nossa economia, atingindo um total de US$ 228 milhões exportados em 2022.

Benefícios para saúde

Considerado um superalimento rico em antioxidantes, minerais, como o potássio, magnésio, zinco e cobre o cacau, além de ajudar a ativar o sistema hormonal que nos proporciona felicidade e bem-estar. Porém não é qualquer chocolate que pode ser benéfico. Quanto mais cacau e menos açúcar, melhor. Ou seja, chocolates meio amargo ou amargos, a partir de 70% cacau, são os ideais.

Confira alguns dos benefícios do chocolate:

Reduz o estresse – O consumo do chocolate é uma forma de combater o estresse, pois a iguaria é rica em substâncias que aumentam a sensação de bem-estar, deixando a pessoa mais leve e reduzindo os níveis de irritabilidade.

Melhora o humor – Um dos grandes benefícios que o chocolate traz é contribuir para a melhora do humor. Isso acontece por meio da liberação de serotonina no organismo, que é o hormônio responsável pelo nosso bem-estar. Sem contar que o produto também é rico em magnésio, portanto ajuda a combater quadros de depressão, insônia e ansiedade.

Previne doenças cardiovasculares – Consumir chocolates, principalmente os amargos, melhora o fluxo sanguíneo e evita a coagulação do sangue. Com várias propriedades antioxidantes, esse produto mantém as veias limpas, melhorando a irrigação sanguínea no corpo.

Atua como anti-inflamatório – O cacau presente nos chocolates é rico em uma substância capaz de agir diretamente contra os radicais livres: os flavonoides. Eles têm funções antioxidante e anti-inflamatória, podendo prevenir doenças bastante comuns, como diabetes e Alzheimer.

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