Conheça novas regiões produtoras de vinho do país

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Se você achava que o Rio Grande do Sul (a Serra e a Campanha Gaúcha) e Santa Catarina (como Vinhos de Altitude e Vale da Uva Goethe) eram os únicos cenários da vitivinícola nacional está enganado. Novos vinhos despontam no mercado brasileiro ano a ano, proporcionando ao consumidor conhecer a diversidade e a qualidade do vinho nacional.

A verdade é que a produção de uvas e vinhos brasileiros se espalhou por todo o Brasil. Atualmente, 20 vinícolas estão espalhadas por São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco e 90% destas vinícolas são micro ou pequenas.

Sudeste e os vinhos de inverno

Os vinhos de inverno produzidos na região Sudeste do Brasil possuem rótulos elaborados por meio do sistema conhecido como dupla poda, que inverte a colheita da uva para o inverno. Dessa forma, ao contrário do Sul, que colhe as uvas de janeiro a março, o Sudeste realiza o processo em meses como julho e agosto. 

“Com a dupla poda, a gente traz o momento da maturação da uva para o melhor clima do Sudeste, que é no inverno. Nessa época, praticamente não temos chuva e temos os dias ensolarados, com o solo seco, e as noites frias. Esse é o clima perfeito para a produção de uvas, com uma amplitude térmica bem interessante. Conseguimos alcançar níveis de qualidade muito altos especialmente quando falamos de vinhos tintos”, explica Ricardo Baldo, diretor da Vinícola Terras Altas, de Ribeirão Preto (SP).

Além do ciclo invertido, outro diferencial de mercado dos vinhos do Sudeste é a logística. Luiz Porto Jr, diretor-presidente da Luiz Porto Vinhos Finos, ressalta que a região fica localizada bem no centro do país: 

“Estamos no coração do mercado consumidor, então podemos causar uma boa experiência de compra e visita para os clientes. No nosso caso, por exemplo, temos nossos vinhedos no Sul de Minas, em Cordislândia, que abrange um cenário de montanhas muito bonito. E nossa vinícola fica em Tiradentes, que conta com um belo turismo e uma rede hoteleira bem estruturada”, detalha.

Vale do São Francisco recebeu a primeira Indicação Geográfica de vinhos tropicais

O final de 2022 foi marcado por um feito histórico para a vitivinicultura do país com o reconhecimento da primeira Indicação de Procedência de vinhos tropicais. A concessão da indicação geográfica Vale do São Francisco foi feita pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e baseada em requisitos equivalentes aos da União Europeia.

Desde então, o vinho fino, o vinho nobre, o espumante natural e o vinho moscatel espumante elaborados pelas vinícolas que estão dentro da região do Vale do São Francisco e seguem as normas contidas no Caderno de Especificações Técnicas podem utilizar o selo da nova Indicação Geográfica (IG) em seus produtos.

Esse é o caso da Vinícola Vinum Sancti Benedictus (VSB). A conquista recente ainda está sendo bastante celebrada pelo diretor e sommelier da vinícola, José Figueiredo. 

“É a 1ª e única IP de vinhos tropicais porque realmente o nosso terroir é algo único no mundo. Por aqui, nós temos produção de qualidade o ano todo, não falamos em safra. É realmente fantástico. Dentro de uma mesma produção, o visitante pode conferir os vinhedos em diferentes fases, é sempre um banho de conhecimento. Além disso, tudo isso resulta em vinhos incríveis”, reforça.

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