A semeadura do milho está em andamento em parte do Rio Grande do Sul e alcança 78% da área projetada. Algumas regiões já concluíram o plantio da safra. O restante da área estimada que não foi implantado, será cultivado na safrinha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Maçambará, já se observa, nas primeiras lavouras estabelecidas, o início da fase reprodutiva, com a formação inicial das espigas. Essas áreas estão demonstrando excelente potencial produtivo. Entretanto, nas áreas de implantação mais tardia, onde as plantas ainda se encontram em estágios iniciais de desenvolvimento vegetativo e com sistemas radiculares menos desenvolvidos, nota-se impacto mais significativo devido à ocorrência de chuvas volumosas.
Um cenário semelhante de estresse está sendo observado nas lavouras, em Manoel Viana e São Borja, principalmente em áreas de baixadas, onde o acúmulo de umidade é mais pronunciado. Em Caxias do Sul, as condições climáticas mais secas e a diminuição da umidade do solo favoreceram significativamente o avanço da semeadura, principalmente nos Campos de Cima da Serra, onde a operação estava atrasada em comparação a safras anteriores. Para as lavouras já estabelecidas, a boa insolação beneficiou o desenvolvimento das plantas, e a adequada umidade do solo permitiu a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura.
Em Erechim, em determinadas áreas onde o plantio ocorreu em agosto, observa-se o início do florescimento da cultura. Eventos de granizo, ocorridos de forma eventual, impactaram adversamente a produtividade das lavouras. Entretanto, estimar potenciais perdas na produtividade regional é uma tarefa complexa.
Em Frederico Westphalen, 70% da área se encontra na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, enquanto 30% está na fase de florescimento. A cultura apresenta desenvolvimento satisfatório, beneficiado por condições climáticas favoráveis e menor pressão de pragas.
Em Ijuí, o desenvolvimento é favorável. As lavouras em estágio inicial de floração apresentam baixa quantidade de pólen, possivelmente em função do excesso de chuvas, que tendem a carregar essas partículas dos estigmas para o solo. Em relação ao aspecto fitossanitário, observou-se um aumento no ataque da lagarta-do-cartucho, especialmente em variedades híbridas mais suscetíveis, o que levou os produtores a realizar aplicações de inseticidas e fungicidas. Para evitar o amassamento das plantas durante o processo de aplicação tratorizada, houve aumento significativo no uso de drones para essas operações.
Em Passo Fundo, a semeadura alcançou 98% das áreas projetadas. As lavouras estão em desenvolvimento vegetativo. Em Pelotas, os plantios estão em andamento e abrangem 9% da área total estimada. A continuidade das condições de tempo seco, com dias ensolarados e aumento das temperaturas diurnas, favoreceu o andamento do plantio em solos mais drenados bem como o início da operação em solos que apresentavam teor mais elevado de umidade.
Em Santa Maria, aproximadamente 40% da área já foi semeada. A tendência é que o restante seja destinado à safrinha, conforme o procedimento padrão, após a colheita das lavouras de tabaco. As lavouras semeadas mais cedo estão recebendo adubação nitrogenada em cobertura. Do total, 96% das lavouras estão atualmente na fase de germinação ou de desenvolvimento vegetativo; 3% entraram na fase de início da floração; e 1% encontra-se em enchimento de grãos.
Em Santa Rosa, o plantio do milho está estabilizado em 83%; o restante, que corresponde a 17%, está planejado para safrinha a partir de janeiro. Cerca de 60% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, enquanto 40% estão na fase de floração. As condições climáticas desfavoráveis, como chuvas frequentes e baixa luminosidade, preocupam pelo possível impacto negativo na fecundação das flores, podendo resultar em danos à produtividade. Além disso, outros fatores como erosão do solo, disseminação de doenças foliares e áreas alagadas devido a enchentes, podem contribuir para a redução da produtividade regional. Em termos fitossanitários, houve redução na incidência de cigarrinha, mas houve aumento no ataque de lagarta-de-cartucho, exigindo custos adicionais de controle, mesmo em variedades transgênicas. A aplicação de fungicidas também se tornou necessária em virtude da umidade excessiva.
Tendência do Clima
A semana começa com tempo firme e seco no Rio Grande do Sul. Não chove em nenhuma região. O destaque é a ocorrência de rajadas de vento de moderada intensidade no oeste do estado. Na terça-feira (07/11), a circulação de ventos favorece a formação de instabilidades no oeste gaúcho. A previsão é de pancadas de chuva de até forte intensidade, concentradas no período da tarde. Tempo firme nas demais regiões.
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