Consórcio Antiferrugem divulga primeira ocorrência na safra 23/24 no Paraná

CompartilharsocialIconsocialIconsocialIcon

O primeiro caso de ferrugem asiática da soja safra 23/24 foi identificada pelo pesquisador Dr. Carlos Alberto Forcelini, na cidade de Parapanema (PR).

A cultura foi semeada na primeira quinzena de setembro, e encontra-se no estádio R5, a confirmação veio através da Embrapa Soja. Confira o registro completo e outras ocorrências, no site do Consórcio Antiferrugem clicando aqui.

A ocorrência foi confirmada no momento em que a semeadura da soja aproxima-se de 60%, conforme informado pela CONAB no dia 11/11.

A semeadura de soja da safra 2023/2024 iniciou sob influência do fenômeno El Niño, com maior distribuição de chuvas na região Sul e menor no Centro-Oeste. Uma doença que os produtores devem ficar alerta é a ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.

“No Sul aumenta a pressão para doenças fúngicas e no norte do estado para pragas e insetos. Monitorar o clima será crucial a partir de agora para evitar maiores prejuízos nesta safra”, alerta a meteorologista Nadiara Pereira.

Foto: Getty Images

Na Região Sul, plantas de soja voluntárias e de soja perene (Neonotonia wightii) têm sido encontradas com sintomas de ferrugem e, como consequência, pode ocorrer a incidência precoce da doença. A ferrugem-asiática é a doença mais severa da cultura e o vazio sanitário e a semeadura precoce são as principais estratégias para que as lavouras escapem da doença, por haver menor quantidade de esporos do fungo no ambiente nas semeaduras iniciais. As informações sobre a ocorrência de soja voluntária infectada e as ocorrências de esporos do fungo podem ser acompanhadas no site do Consórcio Antiferrugem.

Informações sobre ocorrências de soja voluntária e soja comercial com ferrugem-asiática, devidamente confirmadas por laboratórios habilitados, podem ser enviadas para a Embrapa Soja, para inserção no site do Consórcio Antiferrugem, para alertar técnicos e produtores.

Ferrugem e sua disseminação com o vento

O fungo da ferrugem dissemina-se facilmente com o vento e o seu controle deve ser iniciado preventivamente ou nos primeiros sintomas para maior eficiência. Atrasos nas aplicações podem levar a falhas de controle. As semeaduras tardias causadas pelo excesso de chuvas no Sul e menor volume de chuvas no Centro-Oeste podem aumentar a janela de semeadura e, nas semeaduras tardias, a doença tende a ser mais severa pelo aumento de inóculo do fungo.

Fungicidas

Os fungicidas sítio-específicos que controlam a doença pertencem a três grupos distintos: os Inibidores de desmetilação (IDM, “triazóis”), os Inibidores da Quinona externa (IQe, “estrobilurinas”) e os Inibidores da Succinato Desidrogenase (ISDH, “carboxamidas”). O controle da ferrugem-asiática está cada vez mais difícil pelo fato do fungo P. pachyrhizi apresentar menor sensibilidade aos três grupos de fungicidas sítio-específicos utilizados. Recentemente, foi relatada uma nova mutação no fungo, influenciando a eficiência dos fungicidas que possuem os ingredientes ativos protioconazol e tebuconazol (IDM) na sua composição. A orientação é que fungicidas com esses ativos sejam utilizados em rotação e sempre com a adição de fungicidas multissítios para aumentar a eficiência de controle.

Conheça a Central El Niño        

A maior consultoria de meteorologia da América Latina, com mais de 30 safras de bagagem! Conheça a Central El Niño da Climatempo. Aqui você tem palestras personalizadas para sua operação em campo! Clique neste link e solicite seu orçamento!