Clima adverso preocupa sojicultor

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De acordo com dados obtidos pela Aprosoja Brasil coletados em 15 unidades Aprosoja estaduais, a safra 2023/2024 já chega a 135 milhões de toneladas. O número está bem abaixo do que tem sido divulgado por instituições e empresas públicas e privadas do Brasil e do exterior.

Clima: grande impacto na safra de soja

Os dados levam em consideração o estresse hídrico a que foram submetidos os estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, e o excesso de chuvas em áreas desses mesmos estados, dificultando o trabalho de colheita dos grãos e levando prejuízos ainda maiores aos produtores.

De acordo com o levantamento, produtores da Região Sul do país, principalmente no estado do Paraná, relatam problemas com o excesso de chuvas no início do plantio e agora enfrentam a falta da chuva nas áreas em que a soja está na fase reprodutiva, o que compromete a produtividade das lavouras.

Foto: Grazi Camargo – São Sepé – RS

“A divulgação no mercado de dados sobre a safra que não condizem com a realidade tem provocado uma tendência de baixa nos preços. Os produtores, além de terem redução de produtividade, têm que lidar com preços incompatíveis com a realidade, trazendo prejuízo aos sojicultores e às regiões produtoras”, comenta a direção da Aprosoja Brasil.

Índice de vegetação apresenta evolução ruim nos principais estados produtores de soja

Tendência do Clima

No Sudeste, as chuvas voltam a ganhar força e se espalhar. A partir de sexta-feira (19/01), a tendência é que as chuvas se tornem mais generalizadas e fortes principalmente entre a Alta Mogiana Paulista, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

No Centro-Oeste e nas áreas mais ao Norte do Brasil, as chuvas se tornarão mais intensas e generalizadas depois do dia 20 de janeiro. Especialmente na última semana do mês um corredor de umidade vai se intensificar sobre a metade norte do país, favorecendo a intensificação das chuvas sobre as áreas mais ao norte do Sudeste, do Centro-Oeste e interior do Matopiba.

Final do mês de janeiro: risco de invernada

A chuva será intensa e somente na última semana do mês pode chover mais de 150mm em algumas localidades. Essas chuvas podem provocar transtornos e paralisar momentaneamente as atividades no campo, mas deve favorecer a manutenção da umidade no solo para as lavouras em desenvolvimento. Neste período as temperaturas tendem a ficar mais baixas do que o normal, principalmente entre Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, sul do Piauí, sul do Maranhão e Tocantins, o que é um indicativo que há risco para períodos de invernada.

As áreas mais ao sul do país, incluindo a Região Sul, interior do de São Paulo e Mato Grosso do Sul, devem encerrar o mês com tempo mais seco e temperaturas mais elevadas. As temperaturas mais altas desta segunda quinzena de janeiro são esperadas entre o oeste do Paraná, oeste de São Paulo, Mato Grosso do Sul e sudoeste de Mato Grosso.

Recomendações

Diante deste quadro, a entidade recomenda aos produtores extrema cautela e a readequação dos negócios diante desta dura realidade. A Associação recomenda também que os produtores cumpram seus compromissos, evitem fazer novas vendas de soja e aguardem o mercado reagir. E aos parceiros comerciais que financiam a safra, a entidade pede que demonstrem o valor da parceria diante da eventual incapacidade dos produtores de honrar todos os compromissos programados.

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