Paraná continua em atenção por causa do Greening

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Desde o ano passado, o Paraná está em estado de atenção para o greening. A doença ataca os citros e se alastra pelas regiões Norte e Nordeste, onde está localizado o polo produtor do estado, com 20,5 mil ha de pomares laranjas, 7 mil ha de tangerinas e 1,5 mil ha de lima ácida Tahiti.

De acordo com nota técnica emitida pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB), um dos principais fatores que, inclusive, levaram ao decreto de emergência fitossanitária, está associado ao abrupto aumento da infestação do inseto vetor, o psilídeo dos citros (Diaphorina citri).

“O decreto de emergência fitossanitária é um instrumento drástico, mas nos dá possibilidade de tomar as medidas necessárias de forma mais efetiva na tentativa de controlar o problema, pois a citricultura é uma atividade muito importante para o estado”, disse Norberto Ortigara, secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

Com a produção de 842 mil toneladas de frutos, a citricultura responde, sozinha, por um VBP (Valor Bruto da Produção) de R$ 827 milhões. Em São Paulo e Triângulo Mineiro, outros dois grandes polos produtores, a doença já compromete 21% da produção, segundo dados da Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).

Foto: arquivo istock

Doença não tem cura

A preocupação é nacional porque a doença não tem cura. Em São Paulo, por exemplo, há produtores migrando de cidades produtoras como Bebedouro, Descalvado e Limeira para o entorno de Ubirajara e Avaré, onde as condições climáticas são desfavoráveis ao desenvolvimento do psilídeo.

A Huanglongbing (HLB), mais conhecida como greening ou “amarelinho” tem potencial destrutivo elevado, pois causa a queda prematura de frutos e a morte precoce da planta. Nos locais em que a infestação do psilídeo é acentuada, os produtores necessitam pulverizar inseticidas semanalmente durante o ano todo, o que pode levar à resistência do inseto, contaminação do solo e dos alimentos.

O sintoma inicial da doença aparece em um ramo ou um galho, que se destacam pela cor amarela. Com a evolução do quadro, há intensa desfolha, tomando toda a copa, inclusive com morte dos ponteiros.

Em plantas novas afetadas pelo greening, o sintoma se caracteriza pelo amarelecimento generalizado das folhas. Os frutos apresentam aspecto deformado e assimétrico, além de tamanho pequeno e intensa queda.

“Também pode ocorrer maturação irregular interna do fruto, onde apenas um dos lados fica maduro. Na casca, podem aparecer pequenas manchas circulares verde-claras”, relata a consultora Adriana de Cássia Mistroni da Silva.

Veja no podcast Agrotalk: Relatório auxilia produtor em caso de perda por adversidade climática

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