Mesmo com chuvas irregulares, BR deve se manter no topo das exportações de óleo de amendoim

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De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mesmo sendo apenas o 12º produtor de amendoim do mundo em 2023, o Brasil detém o primeiro lugar na exportação de óleo de amendoim, com 86 mil toneladas comercializadas.

São Paulo é responsável por 90% da produção brasileira de amendoim e o município de Itaju, localizado na parte central do estado, vem se consolidando como a capital nacional do óleo de amendoim. Em 2023, a cidade foi responsável por mais de 28% das exportações do produto, alcançando o topo do ranking nacional.

Para Rodrigo Chitarelli, diretor presidente da CRAS Brasil o mercado chinês, responsável por 80% das compras do óleo de amendoim brasileiro, demandou ainda mais o nosso produto no último ciclo. Em 2023, todo o volume que produzimos, vendemos. Se incentivarmos o plantio, aumentando a colheita e proporcionando um grão com melhor qualidade, teremos uma maior produção de matéria-prima e conseguiremos crescer a quantidade de óleo exportada de forma natural”, comentou o executivo.

Foto: Getty Images

Clima é um fator importante para a produção

Conforme dados da CONAB, a safra 2023/24 de amendoim deve ter números positivos no país, com um aumento de 15% de área plantada e de 2% na produção. Essa diferença no percentual entre plantio e produção é justificada principalmente pelo clima.

As condições climáticas, chuvas irregulares e altas temperaturas pontuam esse cenário. “Esse contexto climático pode interferir nas exportações do amendoim em grão e do óleo de amendoim, que registraram, em 2023, alta nas cotações e espaço para evoluir no mercado externo, que constitui um importante canal de comercialização para os produtos da cadeia de produção do amendoim”, comenta, Renata Martins Sampaio, pesquisadora científica do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo.

Chitarelli ressaltou que esta instabilidade climática não impactará a produção de óleo de amendoim ao longo do ano na região. “Mesmo com o estresse hídrico no amendoim provocado pela falta de chuvas regulares no final da safra 23/24, o que gerou um atraso na colheita entre 15 a 30 dias, as chuvas abundantes de fevereiro farão muito bem para a safra e ajudarão a atingirmos as estimativas iniciais”, comentou.

Tendência do Clima

A maior parte da semana será marcada por tempo mais aberto e poucas pancadas de chuva sobre as áreas produtoras do Sudeste, mas a partir da quinta-feira (29/02) pode chover de forma moderada sobre a faixa leste de São Paulo, áreas produtoras do extremo Sul Mineiro, Zona da Mata e Espírito Santo. A partir do primeiro final de semana de março, uma frente fria vai ajudar a canalizar a umidade e as instabilidades novamente sobre metade norte do Brasil e as chuvas tendem a aumentar sobre as áreas mais ao norte do Sudeste.

A primeira semana de março será marcada por pouca chuva entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. Episódios muito isolados devem atingir o norte de São Paulo, mas de uma forma geral, os períodos de tempo seco e quente serão predominantes e tendem a provocar ainda mais estresse nas lavouras em desenvolvimento entre Mato Grosso do Sul e o oeste de São Paulo, onde são esperadas temperaturas máximas de mais de 35°C.

Veja no podcast Agrotalk: Relatório auxilia produtor em caso de perda por adversidade climática

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