Escolher a semente adaptada ao clima da Região é estratégico para safra

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Com a elevação da temperatura no Brasil Central, em razão do fenômeno climático El Niño, os produtores rurais estão de olho na escolha da sementes que suportem as adversidades climáticas e no manejo adequado da lavoura no campo.

A preocupação se volta para a cigarrinha do milho, inseto vetor do chamado complexo de enfezamento, considerado atualmente um dos principais desafios fitossanitários da cadeia produtiva da cultura no Brasil. De acordo com a Embrapa, trata-se de uma praga que pode reduzir em mais de 70% a produção de grãos em plantas suscetíveis.

“Os enfezamentos costumam ser vistos principalmente na fase reprodutiva da lavoura e são provocadas por bactérias chamadas molicutes. Os principais sintomas são estrias cloróticas esbranquiçadas ou bordas avermelhadas nas folhas, má formação de espigas, redução no número de grãos e no tamanho da planta, perda de produtividade, entre outros. Normalmente, afetam as principais regiões produtoras do milho, como o Cerrado, onde as temperaturas costumam ser mais elevadas. Com o El Niño, essa incidência pode ser muito maior”, segundo o especialista Frederico Dellano.

Planejamento estratégico para um manejo adequado

Entender o clima regional e realizar o manejo adequado da cultura pode ajudar a reduzir as perdas. Mas não é somente isso. É necessário buscar soluções tecnológicas aliado a uma estratégia e planejamento para definir as compras dos insumos e mitigar o risco climático, é o que esclareceu Thiago Decicino, Diretor de Marketing da KWS para a América do Sul, durante um bate papo na área de exposição de híbridos na Show Rural Coopavel.

Nenhuma semente de milho é igual a outra, existe variações genéticas e cada região responde a uma adaptação. O desenvolvimento da semente começa com muito processo, desenvolvimento tecnológico, pesquisa geográfica e de clima da região.

Decicino diz que é importante ser bastante assertivo na escolha de híbridos para promover uma alta estabilidade produtiva e investir em pesquisa, melhoramento vegetal, testes e treinamento são protocolos essenciais para produzir um híbrido que apresente tolerância a alta temperatura e resistentes a enfezamentos ou outras doenças e pragas.

Adaptação dos híbridos ao clima regional

De Norte a Sul do Brasil, é necessário ter estações de pesquisa para ajudar na concepção dos híbridos que serão adaptados olhando a questão genética e também do ambiente para uma melhor produtividade. Veja:

Leia também: Clima e custos de produção estão na mira do produtor rural

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