Deral reduz expectativa de produção de milho segunda safra 23/24

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Uma redução na expectativa de produção do milho segunda safra 2023/24, foi revisada pelo Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral). A expectativa atual é que sejam produzidas 13,5 milhões de toneladas nesta safra, uma perda de 8% quando comparado à expectativa inicial de produção, que era de 14,7 milhões. O volume que deixa de ser produzido é pouco maior que 1,2 milhão de toneladas e estima-se que quase um bilhão de reais deixem de ser transacionados.

O cenário ainda é desafiador para a safra. No campo há 10% das lavouras em condições ruins, 21% em condição mediana e 69% em condição boa. Diante disso é factível esperar que novas perdas possam ser registradas. A área plantada nesta safra foi de 2,4 milhões de hectares, ligeiramente maior que na safra anterior.

Tendência da previsão do tempo para os próximos dias

Entre a sexta-feira (26/04) e o final de semana um novo sistema deve avançar contribuindo para a ocorrência de chuvas generalizadas e volumosas entre o Rio Grande do Sul e áreas mais ao sul do Paraná. Essas chuvas persistentes e volumosas, além do risco de transtornos, também devem provocar paralizações nas atividades no campo. A chuva não consegue adentrar pelo interior do Brasil e pelo menos até o final do mês de abril o tempo seco vai predominar sobre a maior parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste e áreas mais ao norte do Paraná.

O tempo seco e altas temperaturas favorecem o rápido declínio da umidade no solo e lavouras de milho segunda safra em desenvolvimento devem sentir o estresse térmico e hídrico mais uma vez. Áreas do norte de Mato Grosso vão continuar com maior influência de instabilidade provenientes do Norte do Brasil e devem receber chuvas moderadas.

Entre as regiões Norte e Nordeste, a atuação de fortes instabilidades associadas a umidade proveniente da Amazônia e principalmente a influência da Zona de Convergência Intertropical devem provocar chuva forte entre o norte do país e faixa norte do Nordeste. As chuvas vão continuar frequentes e volumosos nestas regiões pelo menos até a primeira semana de maio e mantém elevado o risco para transtornos no campo. Também tem risco de chuva forte sobre a faixa leste do Nordeste. Mas enquanto chove forte na faixa norte e leste da região Nordeste, no interior da Bahia nos episódios serão bem mais esparsos e grande parte do estado deve ter influência do ar seco.

Temperatura alta

As temperaturas vão ficar em elevação em grande parte do interior do Brasil e o final do mês de abril será marcado pela atuação de uma nova onda de calor. As áreas mais quentes do norte do Paraná, meio oeste de São Paulo, Triângulo Mineiro, Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e sul de Mato Grosso devem registrar temperaturas mais de 5°C acima da média até o dia 2 de maio.

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