Soja no RS: Excesso de chuva diminui estimativa de produtividade

CompartilharsocialIconsocialIconsocialIcon

De acordo com a Emater/Ascar-RS, a estimativa é que a área colhida de soja no Rio Grande do Sul alcançou 85%. Além disso, o avanço provavelmente será pouco significativo nos próximos dias, já que muitas lavouras, dos 15% restantes, devem ser abandonadas em razão da inviabilidade econômica, ou seja, a colheita dessas áreas não cobre os custos da operação, o frete e os descontos aplicados no recebimento pelas cerealistas.

O excesso de chuvas, desde o final de abril, afetou a parcela de 24% que restavam ser colhidos no Estado. Essas lavouras apresentam perdas que variam de 20% a 100%. Os prejuízos serão maiores nas regiões centro, sul e oeste do Estado, onde grandes extensões ainda não haviam sido colhidas. Diante dessas perdas significativas, os produtores estão acionando o seguro agrícola. Aqueles que não possuem cobertura para suas lavouras buscarão renegociar as dívidas com os cerealistas e com outros financiadores da safra, transferindo para os períodos futuros a quitação dos débitos.

A estimativa de produtividade projetada inicialmente era de 3.329 kg/ha, mas deverá variar negativamente, dependendo dos resultados de lavouras a colher ou perdidas.

Em Erechim, 95% da área cultivada foi colhida; 5% restantes estão em fase de maturação e prontos para a colheita. Os produtores deverão concluir a operação nos próximos dias, mas a área remanescente deve apresentar produtividade reduzida devido ao excesso de chuvas e à incidência de doenças de final de ciclo. A produtividade média regional está estimada em aproximadamente 3.800 kg/ha. As áreas de soja são as mais afetadas pelas perdas no solo, causadas pelas precipitações.

Problemas significativos são observados em Santa Vitória do Palmar, onde apenas 6% foram colhidos. Em Frederico Westphalen, apesar das dificuldades pelo excesso de umidade, algumas lavouras foram colhidas, mas a qualidade dos grãos está inferior à desejada. A colheita está praticamente concluída, alcançando 98%. Em função das chuvas, houve redução significativa na produtividade das áreas de cultivo de safrinha. A produtividade média final na região deve ficar em torno de 3.600 kg/ha.

Em Dom Pedrito, onde apenas 31% dos 120 mil hectares plantados foram colhidos. Em Caçapava do Sul, a colheita está mais avançada, chegando a 60%. Nos municípios de Bagé, Aceguá, Hulha Negra e Candiota, o levantamento realizado indicou perdas médias de 40%, mas há ampla variação entre lavouras; em algumas, a perda foi total. Além dos danos às lavouras, os produtores relatam grandes dificuldades logísticas, como caminhões atolados e a necessidade de transportar as cargas em graneleiros por vários quilômetros até pontos da estrada em melhores condições.

Em Maçambará, a colheita atingiu 80%, e as perdas, na área restante, que corresponde a cerca de 12 mil hectares, estão estimadas em 60%. Há relatos de cargas rejeitadas por algumas cerealistas devido ao elevado índice de grãos germinados e avariados, o que representa um cenário crítico para os produtores, pois, além da perda da produção, precisam arcar com os custos de colheita e do frete. Em Manoel Viana, a colheita superou 90%. A área restante – estimada em 5 mil hectares – já apresenta perdas de 70%, e há possibilidade de aumento com o adiamento da colheita.

Tendência da previsão do tempo para o RS nos próximos dias

Nesta terça-feira (21/05), as nuvens aumentam e o risco de temporal é maior sobre o oeste e sul do RS. O tempo fica instável com chuva na madrugada e começo de manhã entre o noroeste, região da Campanha, Missões e na cidade de Uruguaiana. A tarde o sol aparece entre nuvens, mas, o tempo segue instável. Na capital, nos Vales e na Serra, pode chover a qualquer momento. A tendência é de algumas aberturas de sol, mas com bastante nuvem no decorrer do dia e pancadas que pontualmente podem vir fortes.

Na quarta-feira (22/05), a formação de uma nova área de baixa pressão vai ajudar a reforçar as instabilidades sobre o estado – entre a tarde e à noite o sistema da origem a uma nova frente fria. Na fronteira oeste, campanha e sul o dia começa com tempo fechado e tem possibilidade de chuva a qualquer momento e de maneira forte. No noroeste e áreas centrais também há risco de chuva volumosa. Em Porto Alegre, ocorrem pancadas a partir da tarde. No extremo norte do estado na região de serra, não há expectativa de chuva.

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar