Clima impacta safra de algodão do Paquistão e da Índia

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A colheita do algodão está próxima de sua finalização. De acordo com o último levantamento da (Abrapa), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, já foram colhidos no Brasil, um total de 95,53%.

No estado da Bahia (89,86%), GO (90,93%), MA (93%), MG (89%), MS (100%), MT (97%), PI (83,8%), PR (100%) e SP (99%).

Os números do beneficiamento do algodão

Na safra 23/24, foram beneficiados no estado da BA (60%), GO (54,56%), MA (40%), MG (66%), MS (54%), MT (34%), PI (29,68%), PR (100%) e SP (98%). Total Brasil: 40,30%.

Algodão pelo mundo

O USDA atualizou os números da safra indiana prevendo 11,8 mil ha de área plantada no ciclo 2024/25. A produção foi projetada em 5,2 milhões tons, com importações de 260 mil tons e exportações de 440 mil tons. As fortes chuvas, entretanto, podem mudar esse cenário. Regiões produtoras (como Gujarat e Maharashtra) registram perdas de até 70%, e já se fala em uma queda de 10% a 15% na safra 2024/25.

No Paquistão, a passagem do ciclone Asna levou chuvas fortes para regiões produtoras. Muitos campos ficaram alagados e houve infestação de pragas. Com a colheita e o beneficiamento interrompidos devido ao clima, algodoeiras fecharam ou reduziram a escala de produção.

Nos EUA, cerca de 45% das lavouras de algodão foram classificadas com condições boas a excelentes.

Este cenário ocasionado por condições climáticas adversas gera maior demanda por importação. De uma forma geral, a demanda em toda a cadeia continua fraca em grande parte do globo, sendo essa certamente a maior preocupação da cadeia em todo o mundo. No relatório de vendas do USDA do dia 06/09, de novo foi notada a ausência da China, que tem freado suas compras (do Brasil também) até agora. A cota de 200 mil tons anunciada em julho ainda não foi liberada para as indústrias.

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