Climatempo discute a nova revolução do clima no Fórum do Agronegócio em Londrina

CompartilharsocialIconsocialIconsocialIcon

A Sociedade Rural do Paraná realizou nesta segunda-feira (16/09), 5ª edição do Fórum do Agronegócio. Representantes de diversos setores da Agricultura e Pecuária brasileira estiveram reunidos Parque Ney Braga, em Londrina para debater as perspectivas do Agronegócio e os impactos econômicos, sociais e de clima.

A primeira mesa-redonda contou com a participação das principais entidades representativas para discutir o cenário atual do agronegócio, suas perspectivas futuras e as estratégias necessárias para fortalecer e tornar o setor mais resiliente.

Mudança climática: risco para o produtor

Mudança climática representa um risco real para o produtor brasileiro e o tema foi destaque durante a segunda mesa-redonda. Com o objetivo de destacar as práticas de mitigação adotadas pelo agro e apresentar formas de preparar o produtor rural na prevenção dos riscos climáticos no setor agrícola, o time de especialistas trouxeram informações importantes sobre a diversificação das tecnologias e soluções sustentáveis para a agricultura tropical do Brasil.

Caio Souza, head de Agronegócios da Climatempo defendeu o que ele chama de nova revolução do clima. “Temos que democratizar a informação meteorológica, aplicar os dados de clima para cada cultura e repassar o conhecimento para as cooperativas e produtores”, conta Souza.

Foto: Henrique Campinha

As mudanças climáticas são reais e vão continuar pressionando algumas regiões importantes produtoras “Há a necessidade de pensar nos riscos a curto, médio e longo prazo. O que não se mede não se gerencia e o que não se prevê, não se planeja”, analisa o head da vertical Agro da Climatempo.

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior disse que a agroindústria do estado é pujante e uma referência em desenvolvimento sustentável. “O Paraná está deixando de ter uma economia baseada apenas no plantio dos grãos, para industrializar estes produtos, transformando em proteína, em mercadorias de maior valor agregado. Fazemos isso ao mesmo tempo que estamos atentos às questões climáticas e à sustentabilidade. O mercado global reconhece que a agroindústria do Paraná é um exemplo disso”, disse o governador.

Foto: Henrique Campinha

O governador disse ainda que existe uma emergência climática em curso e que no Paraná a força tarefa está empenhada para conter os incêndios e crimes ambientais. Até agora, o governo do estado subsidiou R$ 24 milhões para ações de combate a incêndios florestais.  

Segundo o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Marcelo Janene El-Kadre, os produtores rurais estão conscientes do papel que têm no combate aos incêndios. “O produtor rural está comprometido com uma conduta ambientalmente responsável. O setor tem se adaptado porque entende que um ambiente degradado resulta em consequências negativas para o solo, para a água e para o ambiente em geral”, disse.  

As discussões também incluíram na pauta do evento a segurança alimentar à partir da responsabilidade dos diferentes atores da cadeia no processo de assegurar que os alimentos cheguem com qualidade e de forma segura e eficiente ao consumidor final e a importância de comunicar os avanços, ações e boas práticas do agronegócio para pessoas fora da porteira, de maneira eficaz e transparente.

O objetivo do evento em analisar, a partir de diferentes perspectivas os desafios do agronegócio e sua contribuição para um futuro resiliente, equilibrado para promover a segurança alimentar.

“Acreditamos que o tema não poderia ser mais assertivo analisando o contexto atual dos eventos extremos de clima que impactam economicamente na cadeia do agronegócio. Nosso objetivo sempre foi proporcionar discussões fundamentadas e apresentar soluções práticas que atendam às necessidades do setor”, destacou o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Marcelo Janene El-Kadre.

Foto Carla Rossato

Veja também: Chuva de Setembro favorece trigo gaúcho em fase reprodutiva