Quebra na soja: clima irregular e altas temperaturas causam déficit hídrico e perdas em regiões críticas do PR

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A produção de soja foi reavaliada para 21,3 milhões de toneladas, uma quebra de quase 1 milhão de toneladas sobre as expectativas iniciais, A informação consta no último boletim conjuntural do Departamento de Economia Rural.

O recuo é de 4% em relação à expectativa de 22,3 milhões para esta safra, ainda que a produção supere em 15% as 18,5 milhões de toneladas obtidas em 2024. As regiões mais afetadas são a oeste, noroeste e centro-oeste, onde, além das chuvas neste último mês não serem totalmente homogêneas, as altas temperaturas geraram uma evapotranspiração mais intensa aumentando o déficit hídrico, especialmente nas terras mais arenosas ou rasas.

Calorão continua no estado

Nesta terça-feira (04/03), não chove em parte do oeste e no sudoeste do Paraná e o calorão continua. O sol aparece com força em Foz do Iguaçu. O tempo fica firme e e a umidade fica baixa nas horas mais quentes do dia. O tempo segue mais instável no centro-leste e norte do estado com chances maiores de pancadas forte de chuva e temporal. O tempo não fica completamente fechado, o sol aparece de manhã, temperatura sobe e as pancadas associadas a calor e umidade voltam a ocorrer à tarde.

Na quarta-feira (05/02), chove no centro-leste e norte do estado em forma de pancadas fortes com condições bem típicas da estação. O tempo abafado e a circulação de ventos favorece a entrada de umidade e mantendo o risco alto para chuva forte/temporais.

Nova frente fria pode quebrar o período de calor intenso

No oeste e sudoeste do Paraná previsão de calor mais intenso e chance baixa para chuva. A tendência é que entre quinta (06/02) e sexta-feira (07/02), uma nova frente fria se desloque sobre o Sul, colocando fim ao período de onda de calor e espalhando chuva em todas as regiões do estado. 

Colheita em andamento no estado

A colheita chegou a 18% da área de 5,77 milhões de hectares, com produtividades médias obtidas até o momento de 134 sacas por alqueire (55 sacas/ha), mas com disparidades grandes entre áreas próximas. A colheita está concentrada atualmente nas regiões mais problemáticas, especialmente no Regional de Toledo, onde atingiram 84% da área. Porém a evolução dos trabalhos deve trazer melhores resultados, especialmente na região sul do estado, onde as produtividades ainda devem se aproximar de 160 sacas por alqueire (66 sacas/ha).

Foto: Getty Images

As perdas de produtividade também têm sido acompanhadas de recuos nos preços, aumentando a angústia dos produtores. A última cotação do ano anterior (19/12/24) indicava preços de balcão de R$ 127,57 por saca, em média, enquanto a cotação do dia 29/01/2025 aponta média de R$ 117,83, um recuo de 8%. Apesar das cotações internacionais apresentarem valorização neste período, a correção do câmbio após atingir valor recorde e a entrada da safra têm pressionado as cotações internamente.