Relação entre estoque de milho e clima é direta

CompartilharsocialIconsocialIconsocialIcon

Os estoques mundiais de milho devem ser os mais baixos dos últimos quatro anos. De acordo com a previsão do Conselho Internacional de Grãos, esse número deve chegar próximo aos 203 milhões de toneladas.

 

Apesar disso, a previsão de produção mundial aumentou (especialmente na China, devido ao elevado uso industrial do cereal no país) e ficou acima de 1 bilhão de toneladas. Isso representa um aumento de 5 milhões com relação à estimativa anterior. Esta é a segunda maior produção da história, ficando atrás apenas da última temporada, que foi de pouco mais de 1 milhão de toneladas.

 

O milho é uma commoditie utilizada basicamente como fonte de energia na alimentação de animais de produção, sendo os principais destinos a produção de insumos para produtores de carne bovina, suína e também no setor avícola. Dada essa importância estratégica, os principais produtores mundiais (Estados Unidos, Brasil, China) utilizam aproximadamente 90% do seu total de produção para abastecer o mercado interno.

 

De acordo com o agrometeorologista da Climatempo João Castro, a relação entre estoques de milho e clima é direta. Por outro lado, o que regula os estoques é o mercado, e este reage conforme a oferta e procura. “O que se verifica é que quando o clima está favorável e a produção é alta, os preços caem e quando o clima não é favorável e a produção é baixa, os preços sobem”, explica Castro. Isso ocorre exatamente pela importância estratégica do milho na alimentação dos principais rebanhos destinados à alimentação humana.

 

O fator preço, reflexo da oferta e procura, que por sua vez é reflexo direto do clima, acaba afetando a comercialização, pois há produtores que preferem armazenar o produto aguardando uma reação do mercado (melhor preço). Há também aqueles que optam por não perder liquidez e acabam vendendo logo o produto, já procurando se capitalizar para a próxima safra.

 

Existe, portanto, uma relação entre clima e mercado que acaba impactando nos estoques do produto. Castro alerta que é preciso ter muito cuidado ao fazer uma abordagem mais específica, já que há outros fatores na equação como, por exemplo, a diminuição de áreas plantadas devido à opção dos produtores por produzir outras culturas mais rentáveis.

 

Veja também: 5 erros no manejo da fertilidade do cafezal

 

Leia no Blog do Agroclimapro outras informações e análises sobre as culturas 

 

Para saber maiores informações de como se planejar com antecedência e tornar o clima seu grande aliado basta consultar www.agroclimapro.com.br

 

Veja como a informação meteorológica pode ajudar a tomar a decisão dentro do campo:

Análise de volume de chuva para a área produtora