Seca fica mais severa e avança no Sudeste

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Entre julho e agosto, a seca teve uma intensificação no Espírito Santo e em Minas Gerais com o aumento da seca moderada nos dois estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas. No Rio de Janeiro a severidade do fenômeno se manteve, assim como em São Paulo, sendo que o território paulista seguiu com a seca mais severa do Brasil com 7% de seca excepcional e 30% de seca extrema – as duas mais intensas da escala do Monitor.

 

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Entre junho e agosto, o Espírito Santo seguiu com seca em 100% de seu território – primeira vez que o estado registrou três meses consecutivos nessa situação desde sua entrada no Monitor em abril de 2019. Já em Minas Gerais, na comparação entre os dois meses, o fenômeno saltou de 88% para 100% do território mineiro, sendo que a última vez que houve seca em todo o estado foi em setembro de 2021.

 

Foto: arquivo istock

 

No Rio de Janeiro a área com seca aumentou de 51% para 72% do estado, sendo a maior área desde setembro de 2021 (83%). A seca é registrada consecutivamente em 100% de São Paulo há 1 ano e 5 meses – maior sequência dentre as unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor.

 

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Cenário Nacional

 

Entre julho e agosto, em termos de severidade da seca, cinco estados tiveram um abrandamento do fenômeno segundo o Monitor de Secas: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Tanto em Alagoas quanto em Santa Catarina a seca não foi registrada em agosto.

 

Em outras oito unidades da Federação o fenômeno se manteve estável: Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe. Por outro lado, em seis estados a seca se intensificou no período: Bahia, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. Como Rondônia entrou no Mapa do Monitor a partir de agosto, ainda não é possível fazer esse tipo de comparação.

 

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Na comparação entre os dois meses, quatro estados registraram o recuo da área com seca: Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul e Paraná. Em oito unidades da Federação a porção com a presença do fenômeno ficou estável entre julho e agosto: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Nos casos de Alagoas e Santa Catarina, seus territórios permaneceram livres do fenômeno nos dois últimos meses monitorados.

 

Por outro lado, a seca avançou em sete estados: Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.

 

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As cores do gráfico indicam as regiões Centro-Oeste (rosa), Sudeste (azul), Nordeste (verde claro), Sul (verde escuro) e Norte (cinza)

 

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguido por Minas Gerais, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. No total, a área com o fenômeno foi de 3,87 milhões de quilômetros quadrados, equivalente a 45% do território brasileiro.

 

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As cores do gráfico indicam as regiões Centro-Oeste (rosa), Sudeste (azul), Nordeste (verde claro), Sul (verde escuro) e Norte (cinza)

 

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada aqui

 

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