Mandioca e a batata doce sofrem com a estiagem

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Em Ijuí (RS), a produção de olerícolas irrigadas apresenta bom desenvolvimento, já que estão sendo beneficiadas pela alta luminosidade e pela baixa umidade relativa do ar. Apenas as culturas extensivas, como mandioca e batata-doce, que não possuem tradição de cultivo irrigado, têm redução do crescimento devido à estiagem.

 

Foto: Getty Images

 

A cultura da alface apresenta aceleração do ciclo, ocasionando plantas menores e folhas menos desenvolvidas ao atingirem o ponto de colheita. Há necessidade de colheita mais rápida para as plantas não emitirem o pendão e perderem o valor de comercialização.

 

Tomate

 

A cultura do tomate apresenta alta produtividade, mas enfrenta problemas com insetos sugadores. Algumas lavouras de tomate envarado a campo estão com sintomas de viroses transmitidas por tripes. 

 

Muito calor

 

Em Santa Rosa, aumentou o estresse hídrico devido à continuidade do calor elevado, do vento noturno e da alta irradiação solar dos últimos dias, prejudicando o desenvolvimento das olerícolas e obrigando os produtores a utilizarem, com mais frequência, o sistema de irrigação. Em ambiente protegido, o excesso de temperatura continua provocando a morte de raízes e a senescência precoce das folhas das culturas. A campo, a irrigação é maior para compensar as perdas de umidade por evapotranspiração elevada devido às altas temperaturas e à insolação. Há incidência de tripes e ácaros em algumas áreas. A baixa umidade também está prejudicando o controle fitossanitário das culturas.

 

Em Pelotas, a maioria das áreas cultivadas com abóbora e batata-doce não possuem complemento de irrigação e estão sentindo a falta de umidade nos solos, o que afeta a qualidade e a produtividade. A produção de hortaliças com suporte de irrigação está com desenvolvimento normal. Já as hortaliças sem suporte apresentam perdas significativas tanto na produtividade como na qualidade. 

 

Todos os olericultores intensificaram a irrigação, pois a evapotranspiração diária atingiu picos de até 8 mm por dia, requerendo mais água e uma frequência maior de regas para manter o bom desenvolvimento das hortaliças, bem como a sua qualidade, principalmente nas folhosas. Os níveis dos reservatórios de água começam a baixar drasticamente. Está sendo ampliado o uso de telas de sombreamento. Em função do clima bastante seco, há poucos relatos de ocorrência de doenças. 

 

Em Bagé, Fronteira Oeste e em Quaraí, mesmo com a utilização de sistemas de
irrigação e sombrites, os olericultores enfrentam dificuldades na produção de folhosas. 

 

Veja abaixo o vídeo do meteorologista Vinicius Lucyrio com a tendência para o mês de janeiro de 2023 nas áreas produtoras:

 

 

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