Estiagem impacta trabalho das abelhas e reduz floradas

CompartilharsocialIconsocialIconsocialIcon

A estiagem está impactando na disponibilidade de pasto apícola, e é cada dia mais baixa a oferta de floradas no Rio Grande do Sul. Na maioria dos locais, a colheita segue sendo realizada, mantendo a produtividade abaixo da esperada, de acordo com o último boletim da Emater/RS-Ascar.

 

Em Bagé e Dom Pedrito, as áreas de campo nativo apresentam menor disponibilidade de floradas na comparação com anos anteriores. A presença de néctar está mais associada a áreas com melhor umidade e próximas de cursos d’água. Em Santana do Livramento, os produtores enfrentam problemas com o atraso na  colheita do mel, refletindo em baixa produtividade por colmeia.

 

Na regional de Caxias do Sul, as chuvas foram desuniformes, mantendo áreas secas e outras com boa umidade, impactando da mesma forma na disponibilidade de floradas. Alguns apiários apresentam boa reserva alimentar, mas em outros, as colmeias estão sendo alimentadas artificialmente, na tentativa de evitar mais casos de mortalidade de abelhas. 

 

Foto: arquivo istock

 

Na regional de Erechim, houve registro de boa movimentação das abelhas, devido às boas condições climáticas e à considerável oferta de néctar e de pólen, o que normalmente não ocorre no mês de dezembro. Apesar disso, a expectativa da colheita é de produtividade abaixo da média colhida nos últimos anos. Em Passo Fundo, ainda é considerado baixo o nível de mel nas colmeias, assim como do número de enxameações. A expectativa segue sendo de baixa produtividade.

 

Na regional de Pelotas, muitos municípios ainda estão com a colheita em andamento, e o clima seco vem favorecendo a colheita e o trabalho das abelhas. Em Pinheiro Machado, os apicultores relatam perda expressiva de produtividade e a frustação na colheita de primavera. 

 

Em Santa Rosa, há grande preocupação com a baixa oferta de floradas devido à estiagem. Com a colheita em andamento, aumenta a disponibilidade do produto para a comercialização, que deve causar redução no preço nas próximas semanas.

 

Tendência do Clima

 

Na quinta-feira (19/01), sol com pouca nebulosidade na região de Uruguaiana. Por outro lado, a chuva pode cair a qualquer hora na região de Rio Grande. Nas demais áreas gaúchas, inclusive na Grande Porto Alegre, o sol aparece e as nuvens aumentam, com previsão de chuva que pode vir com raios, a partir da tarde. O calor continua pelo estado.

 

Segunda quinzena de janeiro

 

As instabilidades devem ser mais concentradas na faixa norte até o dia 21 de janeiro. Mas, entre os dias 22 e 24 de janeiro, a passagem de uma frente fria, mais um corredor de umidade, uma baixa pressão atmosférica entre o Paraguai e o oeste da Região Sul e áreas de instabilidades ajudam a intensificar e espalhar os temporais por todo o Rio Grande do Sul. Com previsão de vendavais e acumulados pontualmente elevados, além de queda de granizo e alagamentos. 

 

Atenção para as temperaturas que ainda seguem elevadas em todo o estado gaúcho, em especial do centro ao oeste do estado, com risco de onda de calor. Sendo as maiores temperaturas registradas entre 17 e 19 de janeiro, pelo oeste gaúcho. Com calorão previsto até o dia 25 de janeiro.

 

Leia também: Chuva pode impactar atividades no campo entre o Norte e Nordeste

 

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.  

 

Faça parte da maior comunidade AGRO! Acompanhe outras informações no Instagram do Agroclima