Verão marca a segunda etapa do controle do grenning nos pomares de citros

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O início do verão é uma data muito importante para os produtores de citros. É nessa época do ano que os produtores devem fazer a segunda etapa do controle do psilídeo para pomares de 0 a 3 anos de idade. O inseto é vetor da bactéria que causa o greening, uma das doenças mais prejudiciais para a citricultura e que pode acarretar em casos extremos a perda total de um pomar.

De acordo com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a primeira etapa de controle ao inseto vetor começa antes do plantio das mudas. Em todas as etapas de controle, os biodefensivos são uma das ferramentas mais eficazes no combate ao vetor da doença.

“O fungo Beauveria bassiana, por exemplo, é um agente de controle natural de muitas espécies de pragas, incluindo o psilídeo. O inseto, ao entrar em contato com os esporos do fungo durante ou depois da aplicação do produto é infectado e morre, sem que haja nenhum dano à planta”, explica o engenheiro agrônomo Fernando Bonafé.

Pico do inseto é na primavera-verão

Estudos divulgados pelo Fundecitrus apontam que o psilídeo está presente o ano todo no pomar, atingindo pico populacional entre a primavera e o verão, período em que ocorrem os principais fluxos vegetativos. O inseto é visto com maior frequência na borda dos pomares, por ser o primeiro local que se encontra ao migrar de uma propriedade para outra. Sua incidência diminui no interior dos talhões e aumenta perto dos carreadores.

Defensivos biológicos podem contribuir para minimizar os riscos

O uso de defensivos de base biológica, aliados ao manejo adequado, principalmente na erradicação das plantas contaminadas, pode contribuir e muito para a drástica redução da doença nos principais polos de produção de citros do Brasil. A Embrapa Florestas, desenvolveu uma cepa para o combate à praga. O Beauveria bassiana é um fungo entomopatogênico altamente eficaz no controle contra o psilídeo. Presente naturalmente nos solos e ecossistemas diversos, é de rápida produção, o que facilita a sua utilização e produção como biodefensivos.

Além disso, o monitoramento no combate à doença é fundamental. De acordo com a Fundecitrus, o acompanhamento pode ser realizado por meio de armadilhas adesivas amarelas e por inspeção visual. As armadilhas devem ser instaladas de cada 100 a 250 metros, sempre posicionadas no terço superior das plantas, nas extremidades dos ramos e voltadas para fora. A avaliação das armadilhas, para contagem do número de psilídeos capturados, deve ocorrer semanalmente.

O monitoramento também deve ser feito semanalmente por meio de vistoria visual de 1% das plantas das bordas dos talhões e da propriedade, partindo sempre da bordadura para o centro. É recomendado inspecionar de três a cinco ramos novos por planta, observando a presença de ovos, ninfas e adultos. É indicado que esse acompanhamento seja feito em conjunto com um agrônomo.

“O uso de insumos biológicos para a citricultura é algo novo e promete ser um grande aliado para os citricultores no combate ao psilídeo. As pesquisas têm, a cada dia, buscado alternativas menos agressivas ao meio ambiente no combate às pragas e doenças e os biodefensivos vieram para ficar”, finaliza Bonafé.

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