Estudo mostra que fenômenos La Niña e El Niño impactam abate dos bovinos

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O cenário da pecuária vem se transformando apoiado as tecnologia e a sustentabilidade. Esse é um dos temas principais abordados no 4º Fórum Pecuária Brasil 2024, organizado pela Datagro, em São Paulo.

O setor tem evoluído graças à pesquisa e inovação, além dos investimentos dos produtores, com foco em áreas como sanidade, genética, nutrição e manejo de pastagens.

Esta adoção intensa de tecnologia na bovinocultura de corte vem encurtando o ciclo de abate, aumentando a produtividade, beneficiando a receita do pecuarista e elevando a qualidade da carne no mercado doméstico e internacional em uma jornada em acordo com o meio ambiente, ou seja, de forma sustentável.

A modernização da pecuária é um exemplo para o mundo. “Temos uma produção anual de carne bovina próxima a dez milhões de toneladas e embarques na casa de três milhões, o que nos dá larga margem para o segundo maior exportador, que é a Austrália”, disse Plinio Nastari, presidente da Datagro.

O clima e o abate de bovinos

O abate de bovinos deve atingir 38,525 milhões de cabeças este ano, alta de 13% na comparação com 2023. As projeções indicam também que em 2025 esse número será de 36 milhões, uma queda de 4,2% no volume abatido.

O analista da DATAGRO, Guilherme Jank, ressaltou que o mercado do boi gordo passa por uma conjuntura de cotações em alta, sustentadas pela demanda elevada, mesmo com um quadro de ampla oferta e os problemas relacionados ao clima. “Os problemas relacionados as queimadas, falta de chuva e o estresse hídrico estão no radar do pecuarista porque reflete no abate”, diz Jank.

A equipe econômica da Datagro disse que uma mudança de ciclo, sobretudo em relação à oferta, começa a se desenhar. “O volume disponível está alto devido ao abate de matrizes, mas isso já está em desaceleração”, frisou o analista Lucas Moller.

Próximos passos

A equipe está focada nos próximos passos para escalar de forma exponencial a modernização da pecuária brasileira, entre eles a constante atualização tecnológica, metodológica e de segurança de dados e a inclusão de Tocantins e Bahia no Indicador Boi na Estrada 2025.

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