Durante o período de 1 a 21 de novembro, as chuvas ocorreram com maior abrangência nas regiões produtoras do país. No entanto, as chuvas foram irregulares e mal distribuídas. As informações são do boletim de monitoramento agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento.
Maiores volumes de chuva no Sul do Brasil
Os maiores volumes continuaram a ser registrados na região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e na metade Sul do Paraná, causando impactos por excesso de chuva nos cultivos de inverno em maturação e colheita e nos cultivos de primeira safra em semeadura e início do desenvolvimento.
Matopiba
A expansão das chuvas na região do Matopiba possibilitou um leve avanço na semeadura. Entretanto, a irregularidade das precipitações neste período de 01 a 21 de novembro manteve as condições desfavoráveis para a emergência e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, principalmente em áreas do Maranhão, Piauí e da Bahia. Na segunda semana do mês, houve pouca ou nenhuma chuva no Matopiba, assim como, nas regiões produtoras do Centro-Oeste e Sudeste.
Onda de calor
Essa falta de chuvas, aliada à onda de calor com temperaturas máximas próximas de 40ºC, contribuíram para a perda de umidade no solo e causaram restrição hídrica principalmente às lavouras recém-implantadas, aumentando a necessidade de replantios. Além disso, houve desaceleração na evolução da semeadura, ampliando o atraso em relação à safra anterior. Apesar dessas condições, a média diária do armazenamento hídrico no solo, durante o período de 1 a 21 de novembro, indica condições favoráveis para o desenvolvimento das lavouras em importantes regiões produtoras do país.
Umidade do solo
No Centro-Norte Mato-grossense, no Sul Goiano, no Sudoeste de Mato Grosso do Sul e em todo o estado do Paraná, o índice de umidade acima de 50% contribuiu para o desenvolvimento satisfatório das lavouras. Em contrapartida, a média diária do armazenamento hídrico no solo ficou abaixo de 30% na metade Sul de Mato Grosso, na maior parte de Goiás e de Mato Grosso do Sul, bem como em áreas do Noroeste e Triângulo Mineiro, além do Sudoeste do Piauí e do Oeste da Bahia no Matopiba, atrasando a semeadura e restringindo o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra nessas regiões.
Tendência do Clima
Até a próxima segunda-feira (27/11) são esperadas chuvas mais frequentes e volumosas, especialmente entre o Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, sul e Triângulo Mineiro e sul de Goiás. Nestas áreas algumas localidades podem receber de 70 até mais de 100 mm. A chuva não deve atingir todas as áreas com mesma intensidade, mas nessas regiões a chuva deve ajudar a recuperar de forma mais acentuada a umidade no solo e pode paralisar momentaneamente atividades no campo.
Em Mato Grosso são esperadas chuvas na forma de pancadas, que em algumas localidades, especialmente do oeste e norte podem ocorrer com moderada intensidade. Em Rondônia e todo meio oeste da região Norte são esperadas chuvas mais generalizadas e intensas. Enquanto isso, o tempo seco deve ganhar força no Rio Grande do Sul e vai predominar também em grande parte da fronteira agrícola do Matopiba.
Na próxima semana, novas instabilidades devem voltar atingir o Rio Grande do Sul, mas como moderada intensidade e os maiores volumes de precipitação ainda vão continuar atingindo preferencialmente áreas entre Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e áreas mais ao sul entre Minas Gerais e Goiás.
Na metade norte do Brasil a chuva deve continuar mais irregular, mas pancadas de chuva, de forma isolada, devem continuar atingindo Mato Grosso e devem voltar a se espalhar pelo interior do Matopiba nos primeiros dias de dezembro.
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